Palestras promovidas por estudantes debatem mitos e verdades sobre a utilização de agrotóxicos na produção de alimentos

A produção de alimentos com uso agroquímico é realmente mais barata? Essa é uma solução viável economicamente para o país? Foi para debater essas e outras questões que a turma do 6.º período do curso de Tecnologia em Agroecologia do Campus Planaltina do Instituto Federal de Brasília (IFB) promoveu, na manhã desta terça-feira, 11 de dezembro, o 1.º Ciclo de Palestras, que teve como tema “Agrotóxicos: mitos e verdades”.

O encontro reuniu participantes com opiniões diferentes sobre o tema. Para compor a mesa, foram convidados Vinicius Freitas, agrônomo e militante da campanha nacional contra o uso de agrotóxico e pela vida, Ivair  Assis, professor do Campus Planaltina, e João Paulo Alves, agente do Instituto do Meio Ambiente e dos Recursos Hídricos do Distrito Federal (IBRAM) e estudante do curso de Agroecologia.

O assunto, sempre polêmico, rendeu debates entre os participantes e contou ainda com a contribuição, com perguntas e opiniões das pessoas presentes. Para enriquecer ainda mais a discussão, antes das palestras, foi exibido o filme “O veneno está na mesa”, de Sílvio Tendler, que mostra os efeitos do uso de agrotóxicos à agricultura brasileira.

A realização do evento é uma atividade da disciplina optativa Tópicos Especiais em Agrotóxicos, ministrada aos alunos do 6.º período pelo professor Leandro Vieira. A organização e todas as outras etapas do evento serão métodos de avaliação da disciplina.“Como metodologia de avaliação da disciplina, os alunos tiveram que organizar esse seminário para enfatizar, justamente, essa problemática dos agrotóxicos na sociedade atual”, explica o professor.

Para a estudante Juliana Oliveira, o tema é bastante pertinente e merece ser discutido, como forma de levantar um senso crítico na população. “Acredito que esse tema é bastante amplo e deve ser abordado em diversos aspectos, como econômico, social e ambiental”, opina a estudante. Para ela, essa temática não pode ficar de fora na formação do estudante do curso. “Principalmente para nós, estudantes de Agroecologia, eu acho que é muito importante, pois, além de sermos a primeira turma do curso, é nosso dever explicar melhor para as pessoas esse assunto”, finaliza.