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Aluna do Pibid promove inclusão no ambiente escolar

Criado: Terça, 05 de Dezembro de 2023, 08h57 | Publicado: Terça, 05 de Dezembro de 2023, 08h57 | Última atualização em Terça, 05 de Dezembro de 2023, 08h59 | Acessos: 569

“Quero transformar esse quadro, quero que as pessoas tenham mais possibilidades!”. A fala de Eduarda Bechepeche Frony, que é mãe e aluna do segundo semestre de Pedagogia no Instituto Federal de Brasília de São Sebastião, refere-se à inclusão de pessoas com deficiência no ambiente escolar. Diagnosticada com autismo nível 1 e altas habilidades, ela superou a própria percepção do lugar a que pertence. Decidiu cursar o ensino superior e, hoje, é bolsista do Programa Institucional de Bolsas de Iniciação à Docência (Pibid) no Centro de Ensino Especial 02 (CEE 02), em Brasília. Ela tem a inclusão como sua maior motivação.

Na turma da Eduarda, formada por Rafaela, Isabela, Sofia e Fernando, Vera Lúcia Monteiro é a professora regular dos jovens. Ela destaca ser a primeira vez, em toda a carreira, que acompanha a presença de estagiários em sala de aula. Uma experiência que “acrescenta e enriquece o nosso trabalho, com as teorias sendo trazidas para a prática”, enfatiza. Eduarda desenvolve atividades no CEE 02 desde o início do ano. Outros sete alunos, igualmente bolsistas do Pibid pelo IFB, estão na escola e atendem a 14 crianças e adolescentes com múltiplas deficiências.

A participação de Eduarda nas aulas de Vera acontece uma vez por semana e é suficiente para as trocas que marcam a turma. A bolsista se sente realizada com o trabalho que desenvolve, “não pelo fato de serem crianças com deficiência, mas por entender a individualidade de cada ser humano”, afirma. Em sua visão, o Pibid foi essencial para conseguir entender a dinâmica e a pluralidade de uma escola. “O programa te coloca no campo para ver o que vai encontrar na profissão”, reforça.

Cintia Critiana Rocha, mãe da aluna Rafaela, está em Brasília com a família desde o ano passado. Em 2023, é a primeira vez que sua filha, de 16 anos, estuda em escola pública. Depois da adaptação em 2022, a mãe considera que, este ano, Rafaela melhorou em diversos aspectos graças ao trabalho de Vera e da bolsista. Segundo ela, o fato de “a Eduarda ser autista foi fundamental para que as crianças tivessem uma identificação”. Cintia percebe que tanto Rafaela quanto suas colegas nutrem admiração por Eduarda e encontram nela uma referência.

 

 

Educação Inclusiva
Para fortalecer iniciativas que incentivem mais histórias como a de Eduarda, o Ministério da Educação (MEC) lançou na terça-feira, 21, o Plano de Afirmação e Fortalecimento da Política Nacional de Educação Especial na Perspectiva da Educação Inclusiva (PNEEPEI). A iniciativa tem quatro eixos: expansão do acesso, qualidade e permanência, produção de conhecimento e formação. Os dois últimos contam com a participação da CAPES, em diversos programas e ações.

 

Um dia de mobilização
O Dia Internacional da Pessoa com Deficiência, celebrado em 3 de dezembro, foi instituído pela Organização das Nações Unidas (ONU) em outubro de 1992. Essa iniciativa busca conscientizar a sociedade para a igualdade de oportunidades a todos os cidadãos e a promoção dos direitos humanos, para que o debate influencie em programas e políticas públicas inclusivas nos países.

 

Fonte: Assessoria de Comunicação CAPES

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