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Especialistas falam sobre violência doméstica em I Ciclo de Oficinas e Palestras

Escrito por Déborah Queiroz da Silva | Criado: Quinta, 16 de Junho de 2016, 14h41 | Publicado: Quinta, 16 de Junho de 2016, 14h41 | Última atualização em Quarta, 27 de Setembro de 2017, 16h49 | Acessos: 2470

“Em uma sociedade que desvaloriza a mulher, há mais casos de agressão”. Essa foi uma das falas da professora Ana Lúcia Galinkin, PhD em Psicologia Social e integrante da mesa-redonda “Contornos Atual da Violência Doméstica”, realizada nesta quarta-feira, 15, no auditório do Bloco C do Campus Brasília. A atividade compôs o I Ciclo de Oficinas e Palestras do curso técnico em eventos.

Ana Lúcia falou sobre a violência psicológica, que é a forma de agressão mais difícil de ser identificada. “A violência ocorre de forma indireta, geralmente porque as pessoas são subjugadas. Pode haver agressão moral ou psicológica. A vítima começa a se sentir incapaz e sem iniciativa. Há uma relação hierárquica entre o abusador e a vítima”, explicou.

Idealizado para promover o debate sobre tema, com ênfase nos atos contra a mulher, o encontro contou com a presença e participação de vários especialistas. O juiz titular do Juizado de Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher do Núcleo Bandeirante e coordenador do Centro Judicial da Mulher no Distrito Federal, Ben-Hur Viza, detalhou sobre a aplicabilidade da Lei Maria da Penha.

Em seguida, a promotora do Ministério Público do Distrito Federal e Territórios Mariana Távora, apresentou dados sobre as agressões sofridas pelas mulheres no Brasil e fez um comparativo entre as legislações portuguesa e brasileira. “38,72% das mulheres em situação de violência sofrem agressões diariamente, e o local onde as mulheres mais sofrem violência é dentro da própria casa”, ressaltou Mariana.

O deputado federal Vinicius Carvalho apresentou aspectos motivadores do projeto de lei de sua autoria, que visa alterar a Lei Maria da Penha. “O PL 2030/2015 foi proposto para que haja novo debate e reflexão sobre o toma. O projeto sugere que as garantias da Lei Maria da Penha sejam aplicadas aos homens que, comprovadamente, sofrerem violência doméstica”, disse.

Maria do Socorro Alves, coordenadora da Casa da Mulher Brasileira pelo Governo Federal, apresentou a instituição, que é subordinada à Secretaria de Políticas para as Mulheres, e tem como principal objetivo prestar todo o suporte – de orientações jurídicas e psicológica ao acolhimento e reinserção no mercado de trabalho – às vítimas de violência.

O reitor do Instituto Federal de Brasília, Wilson Conciani, e o diretor-geral do Campus Brasília, Phillipe Tshimanga, participaram da mesa de abertura e falaram da importância da participação do IFB nos processos educacionais que visam debater o tema, além de mencionar a interação do instituto com outras instituições públicas que, em conjunto, cumprem o papel de fornecer à sociedade os serviços e a proteção requeridos.

O evento foi organizado pelos estudantes do terceiro módulo do curso técnico em evento Fabiana Sousa, Flávia Paiva e Lucas Sousa, e fez parte do cronograma pedagógico de avaliação da componente “Práticas em Eventos”, ministrada pela professora Sandra Tabosa.

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