Cidadania e Alteridade no Ensino Médio de Eventos cria autonomia
O “Auto da Compadecida” foi encenado ontem (29.06) no auditório principal do Campus Brasília pelos estudantes do primeiro semestre R, do Ensino Médio Integrado ao ensino técnico em Eventos. Todos os lugares do auditório foram ocupados por uma plateia que começou a se formar meia hora antes do espetáculo (18 horas). A peça foi utilizada por professores de Humanidades, Linguagem I e II, Ciências da Natureza, Artes, Música, Física, Geografia, Matemática e Planejamento em Eventos, entre outras disciplinas, numa proposta multidisciplinar que encantou os alunos.
Antecedeu a peça apresentações de dança de alunas do mesmo semestre, coreografadas por Débora Sena que, ao lado de Iacy Mesquita, dirigiu o espetáculo teatral. Marisol Esperança, que trabalhou na produção e em diversas outras atividades do “Auto”, destacou que tudo envolveu “muito trabalho”, mas que valeu a pena. “Não foi como organizar um evento só, num dia, pois todos os dias tínhamos vários eventos. Foi um trabalho de equipe no final, pois começamos cada um por si e fomos entendendo a proposta de trabalho coletivo, onde um depende do trabalho do outro. Acabamos fazendo um mutirão por dia”, destacou.
Naiara Eiras, outra aluna que atuou em diversas áreas, observa que “foi muito mais corrido que o esperado, mas saiu melhor do que esperávamos. Fica o aprendizado de como agir em momentos de estresse e de como liderar equipes”. Ela diz que aprendeu a acalmar pessoas e a entender os riscos que envolvem um evento, sempre cobrando de si um resultado melhor.
Glauco Vaz Feijó, coordenador do EMI- Eventos, avalia que a peça auxiliou o aprendizado dos alunos, que trabalharam os seguintes temas integradores: diversidade cultural, conflitos sociais, alteridade e o letramento para a cidadania. “São temas que aparecem em todas as peças encenadas neste encerramento de semestre. No ´Auto da Compadecida´ como regionalismo, e mais em ´Macunaíma´ por sua temática abrangente.” Para ele, neste processo, os alunos se fizeram sujeitos e produziram autonomia; o coordenador destacou e elogiou, ainda, a integração dos professores e das disciplinas, e disse acreditar que os estudantes “amadureceram muito ao longo do processo, superando dificuldades e aprendendo a trabalhar em equipe”.
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