Formação de Público agita setor de Eventos
Nos últimos 40 anos, a região Centro-Oeste apresentou o melhor desempenho econômico entre as macrorregiões brasileiras. Sua relevância no Produto Interno Bruto/PIB passou de 3,8%, para os cerca de 10% atuais, equivalentes a R$ 480 bilhões. A expansão teve início na década de 1960, com Brasília, o maior do processo de interiorização da ocupação e do desenvolvimento do Brasil.
Nos próximos vinte, ou trinta anos, esta região tende a ser a de melhor desempenho econômico do país, em especial devido a dois componentes da economia local: o setor agropecuário e o turismo de negócios e eventos. Tendo apenas 4% de participação no PIB regional, a indústria é insuficiente para sustentar o desenvolvimento local. O setor de serviços é um dos focos para gerar empregos formais e informais, pois só o turismo representa 7% das ocupações da mão de obra no Centro-Oeste (IPEA.Gov).
Um dos mercados que mais vem crescendo entre as atividades turísticas estão os eventos.
Brasília, capital nacional, tem se destacado seja exportando festas ou importando público. Algumas festas saíram, como o “Quinto” e o “Picnic”, e outras viraram bigs e internacionais, como o “Brasília Capital Moto Week” que traz gente da Europa e das Américas, juntando mais de 40 mil motos e 100 mil visitantes por evento, um dos cinco maiores do mundo.
Para analisar estas ocupações de espaço, a relevância do setor e a formação de público, os cursos de Eventos do Campus Brasília estão promovendo o primeiro Congresso Regional de Eventos/Centro-Oeste, com o patrocínio da Fundação de Apoio à Pesquisa do DF (FAP.DF) e do Instituto Federal de Brasília /IFB.
Na Roda de Conversa de ontem, analisou-se a formação de público em eventos promovidos pela Secretaria de Cultura e de Turismo do DF, Brasília Moto Week e a participação da Influenza, produtora de eventos, no mercado local. Mariana Braga, da Secretaria de Turismo, falou sobre alguns dos mais de 10 eventos nacionais e internacionais promovidos por iniciativa do governo local, que trouxeram mais de 40 mil pessoas a Brasília desde 2016.
A instituição Brasílian Convencion Bureau também apresentou seus esforços de marketing para atrair eventos para a capital federal, lembrando que isto representa mais quartos de hotéis ocupados, mais restaurantes operando, e mais uso dos meios de transportes. Hoje, destacam, esperam atrair Congresso Médico, pois só este evento tem capacidade de reunir 10 mil pessoas de alta renda. Para a produtora Influenza o mercado mudou: não se trata de criar evento, mas viver uma experiência. O argumento é simples: em Brasília as festas são sempre para o mesmo perfil de público. Que é grande, mas é o mesmo.
Então trata-se de oferecer experiências novas usando um mapa de empatias, observam.
Redes Sociais