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Máquina transforma livros em áudio e amplia acessibilidade de deficientes visuais no Campus Brasília

Criado: Sexta, 02 de Agosto de 2019, 18h07 | Publicado: Sexta, 02 de Agosto de 2019, 18h07 | Última atualização em Sexta, 02 de Agosto de 2019, 18h10 | Acessos: 1625

A biblioteca do Campus Brasília está oferecendo um novo serviço aos usuários: converter textos em voz. Esse processo é feito por dois equipamentos adquiridos pelo Instituto Federal de Brasília, que possibilitarão ampliar a acessibilidade dos alunos com deficiência visual ao acervo. 

O responsável por essa “mágica” é o scanner de voz, dispositivo que digitaliza textos e os transforma em arquivos no formato mp3, para que pessoas com deficiência visual possam ouvir o conteúdo dos materiais disponibilizados à comunidade. 

Para apresentar a novidade e ofertar o serviço já no retorno às aulas do segundo semestre, os servidores da biblioteca envolvidos nesse processo começaram os testes das adaptações no mês de julho, período das férias estudantis. 

De acordo com o servidor Jadir Viana Costa, que está à frente do projeto de inclusão, o objetivo é que, em médio e longo prazos, sejam convertidos para áudio todo o material dos Projetos Pedagógicos (PPC’s) daqueles cursos que atendam alunos cegos ou com baixa visão. 

“Com esta ferramenta, teremos inúmeros benefícios na vida acadêmica e na pessoal também. Será como uma ponte para uma “ilha” na qual queremos chegar”, diz o aluno do Curso de Tecnologia em Gestão Pública do Campus Brasília Alexandre Nunes Damasceno. 

O estudante, que possui baixa visão, relata que atualmente tem de recorrer a métodos pouco viáveis para ter acesso ao material utilizado pelos professores. “Uma opção é ir a uma papelaria e solicitar que ampliem o texto nas máquinas, ficando um volume muito grande. Um livro de duzentas páginas ficaria, em média, com mil páginas, por exemplo”, explica Alexandre. 

 

Como solicitar o serviço 

Inicialmente, as conversões de textos impressos para áudio serão feitas por demandas dos professores. 

Primeiramente, eles vão identificar as prioridades, juntamente com os alunos que necessitam de material audível, depois devem preencher formulário requerendo o serviço à Biblioteca do Campus Brasília. 

A conversão poderá ser de um livro completo, capítulos ou páginas isoladas. Realizada a adaptação (que inclui a digitalização e a revisão do material), o arquivo em mp3 será encaminhado pela biblioteca ao aluno com deficiência visual. 

“Trata-se de um projeto de suma importância, visto que oferece mais autonomia às pessoas com deficiência, oferecendo-lhes o material de estudo em um formato acessível e de fácil manuseio”, ressalta Jadir. 

 

Parceria para inclusão 

Visando estender o acesso dos estudantes, uma equipe da Biblioteca realizou, no mês de julho, visita técnica à Biblioteca Central da Universidade de Brasília (BCE/UnB), com o objetivo de conhecer serviços e produtos ofertados por aquela instituição aos estudantes com deficiência visual. 

Da reunião surgiram as tratativas iniciais para uma parceria, que permitirá aos alunos cegos e com baixa visão utilizarem o acervo adaptado da Biblioteca Digital e Sonora da BCE (BDS). 

Segundo a coordenadora-geral da Biblioteca Brasília, Mariela Carvalho, “a digitalização para obter o áudio é feita de forma manual e exige um primoroso trabalho de revisão, sendo necessário investir na capacitação de servidores em audiodescrição e adquirir equipamentos para otimizar a execução da atividade”, explica. 

Entretanto, mesmo diante das dificuldades, a coordenadora-geral ressalta que a biblioteca continuará com o trabalho de adaptação do material para melhor atender às demandas dos alunos com deficiência visual. E, com a parceria entre a UnB e o IFB, será possível ofertar um serviço mais amplo a esses estudantes. 

Vale lembrar que todo esse processo com o propósito de acessibilidade é respaldado no art.46, inciso I, letra ‘’d’’, da Lei n° 9610/98, e não fere questões de direito autoral. 

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