Educação Inclusiva no IFB é tema de TCC de especialização
Na manhã dessa quarta-feira, 7 de dezembro, no auditório do Campus Brasília do Instituto Federal de Brasília (IFB), foi realizada a defesa do trabalho de conclusão do curso de especialização em Educação Profissional, de autoria de Alessandra do Carmo Fonseca, intitulado “Educação Profissional para surdos no IFB: uma proposta possível?”. Trata-se do primeiro trabalho a abordar a temática de Educação Inclusiva dentro da organização.
A pesquisa, que contou com a orientação da Professora Girlane Maria Ferreira Florindo, realizou um estudo de caso com um ex-aluno do IFB que possui surdez. A pesquisadora, por meio de questionários, conversou com servidores do Instituto e também com o próprio estudante. Para Alessandra, o tema em questão já não é novidade. “Eu venho estudando sobre a surdez desde a minha graduação, pois considero que as políticas de educação aos portadores de necessidades específicas no Brasil deixam um pouco a desejar, principalmente aos surdos que têm essa especificidade tão delicada que se refere à língua”, conta a pesquisadora.
Para a orientadora da pesquisa, Girlane Florindo, que também atua como Coordenadora de Educação Inclusiva na instituição, o trabalho, por ser o primeiro que aprofunda o tema no IFB, traz muita contribuição à educação inclusiva no instituto. “Essa pesquisa apresentou sugestões para que o IFB possa aperfeiçoar tanto o acesso como a permanência desses alunos, de forma que eles consigam concluir com êxito os cursos que venham pleitear no nosso instituto”, afirma.
A defesa contou com a avaliação das professoras Ericler Gutierrez e Simone de Fátima Costa, ambas especialistas na temática, convidadas da Secretaria de Educação do Distrito Federal. Toda a apresentação da pesquisa foi traduzida simultaneamente pela intérprete de Língua Brasileira de Sinais – Libras, Soraia Rodrigues, da Associação dos Pais e Amigos dos Deficientes Auditivos do Distrito Federal (APADA/DF). O trabalho foi aprovado, obtendo a nota dez.
Melhorias
Alessandra espera que, em breve, o resultado de sua pesquisa possa ajudar o IFB a melhorar a oferta de educação inclusiva. “Espero que o Instituto discuta os pontos negativos que foram descobertos na minha pesquisa e que novas ações possam ser elaboradas. Acredito que o IFB tem condições de desenvolver uma educação de qualidade para esse público”, destaca Alessandra.
Girlane Florindo mostra-se otimista com o futuro da educação inclusiva na organização e também espera melhorias a partir dos resultados da pesquisa. “O estudo de caso mostrou que o Instituto ainda apresenta falhas nesse contexto, pois é uma instituição nova. A pesquisa veio mostrar justamente os pontos nos quais falhamos e apontar as sugestões para que possamos corrigir. O importante é que possamos atender de uma melhor maneira os próximos alunos que viermos receber e que esse aluno realmente consiga estudar e concluir os nossos cursos”, finaliza.
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