Trabalho de professor do IFB vence Prêmio Capes de Tese 2021

A tese de doutorado do professor de Dança do IFB Campus Brasília Diego Pizarro está entre os trabalhos vencedores da 16ª edição do Prêmio Capes de Tese 2021, na área de Artes.

O trabalho, que teve como título “Anatomia Corpoética em (de)composições: três corpus de práxis somática em dança”, foi desenvolvido no programa de doutorado da Universidade Federal da Bahia (UFBA).

"A notícia do prêmio chegou a mim de forma inesperada. Primeiramente, porque as Artes são uma área de conhecimento marginalizada na academia – por mais que se expandam, lutam eternamente para sair das beiras –, e em seguida, porque a Dança e a Somática são dois campos também marginalizados dentro das próprias Artes. Como minha tese desenvolve e afirma a Somática enquanto campo epistemológico contemporâneo, utilizando a metodologia emergente da Prática Artística como Pesquisa, que por si só gera uma desestabilização na forma da pesquisa acadêmica, eu realmente não esperava este reconhecimento. Mas eu estava enganado. Sinto que algo está se abrindo, e finalizar esta tese em plena pandemia, durante o ano de 2020, foi um desafio inominável. Precisei encontrar intensidade, redobrar a disciplina e descobrir o significado real do que se chama de inteligência emocional – saber usar as emoções a nosso favor, para o crescimento e a convivência individual e coletiva”, destaca o professor.

Os autores selecionados receberão bolsa de até um ano para estágio pós-doutoral em instituição nacional, certificado e medalha.

"Sou grato ao IFB, porque foi aqui que comecei a realizar as pesquisas, de 2010 a 2016, que deram origem ao projeto da pesquisa premiada. Junto ao grupo de pesquisa que coordeno, Coletivo de Estudos em Dança, Somática e Improvisação (CEDA-SI), experimentei muitos procedimentos artísticos, educacionais e somáticos junto de colegas e estudantes do Curso de Licenciatura em Dança, do IFB Campus Brasília. Além disso, reconheço a importância da licença capacitação como fundamental para a realização de uma pesquisa intensa e de qualidade. Graças ao IFB pude dedicar-me integralmente ao Doutorado, e isso faz toda a diferença num país onde a pesquisa não é reconhecida como profissão e onde as redes de financiamento estão cada vez mais escassas. Nenhuma pesquisa se faz sozinha; ela se articula com muitas variáveis,” finaliza Diego.

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