IFB Campus Brasília recebe autoras norueguesas de livros sobre saúde sexual e reprodutiva
O IFB Campus Brasília promoveu, na última segunda-feira, 30 de outubro, um encontro com as médicas e autoras norueguesas Nina Brochmann e Ellen Støkken Dahl, que escreveram os livros “Viva a Vagina” e “Tudo muda”, sobre saúde e direitos sexuais e reprodutivos. As autoras conversaram com estudantes do Ensino Médio e servidores do IFB, além de profissionais da saúde convidados, sobre temas como anatomia, menstruação e tabus relacionados à sexualidade, com base em evidências científicas e uma linguagem acessível.
A iniciativa foi uma parceria entre o IFB, a embaixada da Noruega e a UNFPA (Fundo de População das Nações Unidas) e teve como objetivo promover o acesso à informação sobre saúde sexual e reprodutiva para jovens e adolescentes. A diretora do IFB Campus Brasília, Christine Rebouças Lourenço, destacou o valor de oportunidades como essa: “É muito importante que possamos ter contato com discussões baseadas na ciência, que contribuem com a formação de nossos estudantes e servidores”, afirmou.
As autoras norueguesas contaram que se interessaram pelo tema quando perceberam que havia muitas dúvidas e mitos sobre o corpo feminino, mesmo entre as próprias mulheres. Elas decidiram então pesquisar e escrever sobre o assunto, usando uma abordagem divertida e informativa. Os livros delas foram traduzidos para mais de 30 idiomas e se tornaram best-sellers em vários países.
Nina Brochmann disse que estava curiosa para ver como seria a receptividade do público brasileiro: “Não sabíamos como as pessoas falam sobre sexualidade aqui no Brasil. Mas nós tentamos fazer do nosso jeito, porque todos temos os mesmos corpos e sexualidade e merecemos ter acesso ao mesmo conhecimento”, disse. Ela elogiou o nível de conhecimento dos estudantes presentes na atividade: “Eles sabem mais do que imaginávamos, são muito espertos. Essa geração que está crescendo agora tem acesso a internet, smartphones e redes sociais. Então, é difícil para os adultos esconderem as informações deles. Se eles quiserem saber algo, eles vão pesquisar. Esse é um lado bom da internet. O lado complicado é que eles podem ter acesso a coisas ruins também. Por isso, os pais e os médicos precisam falar a sério com os adolescentes sobre sexualidade, porque se não falarmos, eles podem aprender sobre o assunto de forma enviesada, com a pornografia, por exemplo”.
Além de estudantes do IFB Campus Brasília, participaram também convidados de outras escolas. Uma das adolescentes que participou da atividade foi Catarina, de 16 anos, que estuda na Escola Waldorf Moara. Ela disse que achou a experiência muito boa: “Trouxe muitos esclarecimentos. Eu já sabia muitas coisas, que tinha aprendido com a série Sex Education, da Netflix, e com a minha mãe. Mas foi bom estar aqui para aprender mais. É muito importante espalhar esse conhecimento para não termos ideias erradas sobre a sexualidade e, especialmente, para as garotas, para que elas possam ter mais confiança”, afirmou.
O encontro com as autoras norueguesas foi mais uma das atividades realizadas pelo IFB Campus Brasília em prol da educação sexual e reprodutiva. O campus tem oferecido formação contínua a estudantes e servidores e fomentado pesquisa sobre gênero, sexualidade e temas relacionados.
Foto: Thaís Oliveira
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