Curso de Licenciatura em Dança é reconhecido pelo MEC com nota máxima
Conseguir a nota máxima – conceito 5 – no processo de reconhecimento de um curso superior não é fácil. Prova disso é que, segundo dados do e-mec (sistema de tramitação eletrônica dos processos de regulação do Ministério da Educação), hoje são ofertados 51 cursos superiores de Dança no país e apenas seis deles possuem conceito 5, entre eles, o ofertado pelo Campus Brasília do Instituto Federal de Brasília (IFB).
Os avaliadores do MEC estiveram presentes no IFB nos dias 29 e 30 de junho e 1.º de julho, quando visitaram as instalações físicas, conversaram com a equipe e verificaram, de perto, as especificidades do curso ofertado pela instituição.
Para a coordenadora da Licenciatura em Dança, professora Lina Frazão, dois fatores foram essenciais para atingir o conceito 5, que confere ao curso o perfil “excelente de qualidade”. Para ela, o primeiro ponto primordial foi a qualificação dos professores, já que mais da metade dos docentes do curso de Dança possuem título de doutor na área. Já o segundo fator apontado pela coordenadora foi a integração entre as disciplinas, o que, para ela, fortalece cada vez mais o curso.
“Antes do início do semestre, os professores de cada período se reúnem e cruzam os conteúdos que serão dados nas matérias. Assim, começamos a fazer propostas e avaliações em comum: 'o conteúdo que está sendo dado teoricamente aqui, o outro professor está ministrando, na prática, lá', por exemplo. Então é feita essa integração, a gente sai da compartimentação de cada disciplina e começa a integrar os conhecimentos com mais objetividade”, explica.
O curso - O curso de Licenciatura em Dança é ofertado no IFB desde 2010 e está formando sua terceira turma. São ofertadas, semestralmente, 30 vagas, e as aulas acontecem durante o dia, com atividades pela manhã e tarde.
A seleção é realizada por meio do Exame Nacional do Ensino Médio (ENEM) e, para ingressar, também é necessário passar pelo Teste de Habilidades Específicas, uma aula de dança prática, de aproximadamente uma hora e meia, em que os concorrentes serão avaliados por uma banca examinadora.
A atividade é ministrada por um professor do curso da Licenciatura em Dança para aproximadamente 20 candidatos por turma. Nessa aula serão avaliadas habilidades, como percepção espacial e temporal, domínio corporal, originalidade, memória, fluência e diversidade de movimentos, entre outras.
Apesar das atividades práticas, o curso também reserva componentes teóricos, como Anatomia, História da Dança e da Arte, Filosofia, etc. “A parte teórica do curso é forte, porque precisamos capacitar bem os professores também nas suas habilidades cognitivas para darem conta das reflexões e debates pedagógicos e filosóficos na área de arte e educação”, explica Lina.
O curso também trabalha outras abordagens de aula diferentes do modelo tradicional de dança, em que o professor fica na frente do espelho e o aluno repete os movimentos, com a exemplificação do docente. “Aqui, a gente também se propõe a quebrar a relação em que o professor detém todo o conhecimento e o aluno apenas copia”, explica Lina. “Nós temos, por exemplo, salas sem espelho na instituição, justamente para que o professor possa estimular o aluno a desenvolver as habilidades necessárias à percepção e domínio do movimento, assim como competências importantes para a docência em aulas mais plurais”, finaliza a coordenadora.
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