Oficinas da ONU capacitam e empoderam meninas no IFB

“Não existe limite para a gente. Se você sonha, você pode fazer. Não desistam de seus sonhos. Você pode, sim, fazer o que você quiser”. Com essas palavras a estudante do curso Técnico em Eletrônica do Campus Ceilândia, Danyelle Rodrigues da Silva, levou ao delírio a plateia formada por 100 meninas, de 14 a 17 anos, estudantes do Instituto Federal de Brasília (IFB) e de escolas do Governo do Distrito Federal (GDF) que participam do TIC TAC, siglas de Tecnologia da Informação e Comunicação (TIC) e Transformação, Atitude e Conhecimento (TAC).

Esta é a terceira edição do evento, promovido pela União Internacional de Telecomunicações (UIT), agência especializada das Nações Unidas (ONU) para o setor de TIC, que está relacionado ao cumprimento do Objetivo 5 da Agenda 2030 da ONU, cuja meta é "alcançar a igualdade de gênero e empoderar mulheres e meninas". A desigualdade de gênero também é um obstáculo na hora em que mulheres decidem acessar a rede mundial de computadores ou planejar uma carreira na área de tecnologia. Segundo a UIT, há 257 milhões a menos de usuárias de internet na comparação com os homens conectados.

 Por meio de oficinas de tecnologia, as participantes aprendem a fazer “digital storyteling”, histórias gravadas e editadas em vídeo, geralmente no próprio smartphone, e programar jogos interativos (Scratch) e aplicativos móveis (Arduino). No ano passado, Danyelle teve sua história de vida contada em vídeo premiado pela ONU.

O evento ainda conta com rodas de conversa e palestras de entidades parceiras, todas com apoio de servidores do Campus Ceilândia. “O TIC TAC é uma espécie de cartão de visitas para o mundo da tecnologia, área que diversas meninas, inclusive no IFB, já estão seguindo”, disse o professor de Segurança do Trabalho, André Brito. A professora de Eletrônica e Robótica, Rayana Schneider, deixou uma mensagem de incentivo para as meninas: “não deixem que os outros falem o que vocês devem fazer, o limite são vocês que impõem”.  

Meninas na Ciência — O primeiro dia do TIC TAC foi encerrado com palestra da pró-reitora de Pesquisa e Inovação do IFB, Luciana Massukado, que fez uma conexão do TIC TAC com o projeto Meninas na Ciência, ambos de inserção e empoderamento do público feminino na área tecnológica e de ciências.

 Segundo Luciana, o nome do evento (TIC TAC) é representativo e simbólico, pois “ao terem acesso ao conhecimento por meio das tecnologias, as meninas começam a transformar suas vidas e o mundo, sendo protagonistas de suas próprias histórias”.

 Eleita reitora do IFB para o período 2019 – 2023 [aguardando processo de posse por parte do Ministério da Educação], Luciana pretende articular com a UIT que as próximas edições do TIC TAC ocorram em todos os campi do instituto, abrangendo o maior número de estudantes mulheres do IFB e das escolas do GDF.