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Servidores do IFB falam sobre Dia Internacional do Orgulho LGBTQIA+

Criado: Segunda, 28 de Junho de 2021, 18h03 | Publicado: Segunda, 28 de Junho de 2021, 18h03 | Última atualização em Segunda, 28 de Junho de 2021, 18h07 | Acessos: 1003

Nesta segunda-feira, 28 de junho, é comemorado o Dia Internacional do Orgulho LGBTQIA+, sigla para lésbicas, gays, bissexuais, transexuais, "queer" (quem transita entre as noções de gênero), intersexo, assexuais e outras variações (representadas pelo +).O mês de junho, tradicionalmente conhecido como o mês do amor por celebrar também o Dia dos Namorados e Namoradas, é uma época especial porque nos recorda que todas as formas de amor valem a pena e devem ser legitimadas. É tempo de quebrar paradigmas, vencer o preconceito e desconstruir antigos padrões de família, relacionamento e amor, especialmente aqui no IFB. Vem com a gente?

 

Data existe como forma de reforçar o pertencimento

 

O professor Elias Oliveira, 53 anos, do IFB Campus Estrutural, acredita que esta é uma data que simboliza mais que comemoração, para ele é um dia de luta, de visibilidade, de afirmação. “Esta data existe pra dizer que estamos aqui, que pertencemos a essa sociedade”, afirmou.

Em sua opinião, o preconceito ainda é grande com a comunidade LGBTQIA+. “Há estudos que comprovam que nós temos menos direitos, somos cidadãos de segunda categoria em relação aos heterossexuais. Cumprimos as mesmas obrigações, mas ainda não temos o mesmo reconhecimento dos direitos frente ao Estado", explicou. Em contrapartida, Elias visualiza várias conquistas dos últimos anos no Poder Judiciário e elenca algumas delas: identidade de gênero, cirurgias de redesignação sexual, Lei Maria da Penha aplicada à população de mulheres LGBT, adoção de filhos por homossexuais, casamentos homoafetivos, nome social, criminalização da homofobia e, mais recentemente, a suspensão da proibição de doação de sangue por homossexuais.

O professor encerra seu depoimento com uma frase que expressa seu posicionamento. “Eu não espero que as pessoas me aceitem, porque isso me coloca em uma posição de inferioridade; nem me entendam, porque o entendimento parte de uma escolha de vida, de uma organização individual; mas eu quero que as pessoas me respeitem, porque este é um princípio que deve orientar toda a sociedade no respeito às diferenças, em direção a um caminho mais igualitário, justo e inclusivo”, finalizou.

 

 

Educação é a chave para um sociedade sem preconceitos

 

Eduardo Carmona, 30 anos, professor do IFB Campus Recanto das Emas, acredita que a data de hoje é histórica devido à comunidade LGBTQIA+ ter ficado à margem da sociedade e ter sofrido preconceitos por ter características consideradas fora do padrão. Para ele, o dia do orgulho significa que “existimos, queremos respeito e que fazemos parte, sim, da sociedade”.

O professor destaca que as gerações mais novas têm a mente mais aberta, por isso entendem e respeitam a orientação sexual das pessoas de forma natural. Porém, ainda é preciso avançar  com a população mais velha. “Elas ainda possuem dificuldades e, por vezes, reforçam visões preconceituosas”, afirma. Apesar disso, ele considera que nos últimos anos, por meio de muita luta, a comunidade LGBTQIA+ tem muito o que celebrar: como o casamento com pessoas do mesmo sexo e a cirurgia de redesignação sexual pelo Sistema Único de Saúde (SUS). 

Eduardo é homossexual, namora há quatro anos e, como professor, ele acredita que o caminho para uma sociedade sem preconceitos se dá pela educação. “Docentes que defendem o direito à igualdade e à diversidade fazem com que as novas gerações sejam capazes de minimizar preconceitos históricos arraigados em nossa sociedade”, reforça. “A educação sempre será o melhor caminho para termos uma sociedade mais igualitária e com menos preconceito.”

 

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