Por que fazer Técnico de Produção de Áudio e Vídeo no IFB?
Mais uma entrevista da série para o Processo Seletivo 2022 traz informações sobre "Por que fazer Técnico de Produção de Áudio e Vídeo no IFB? O curso é oferecido no IFB Campus Recanto das Emas e quem responde a algumas dúvidas sobre a formação é o professor Fernando Gutierrez, que ministra disciplinas no curso, representando a área de conhecimento tecnológico do Instituto.
Por que fazer o curso de Produção de Áudio e Vídeo no IFB? Qual o nosso diferencial?
Principalmente, com base em dados do Distrito Federal, porque existe uma carência na formação técnica de profissionais de audiovisual. No mercado de trabalho em geral, é muito comum conhecermos profissionais técnicos que aprenderam fazendo. Que entraram em uma produção sem nenhuma experiência e foram aprendendo no dia a dia com aqueles mais experientes. Ou seja, aprendem o ofício na raça. E se é tão comum encontrarmos pessoas cuja formação se deu dessa maneira, podemos inferir que existe uma carência na formação técnica nessa área. Nesse sentido, uma pessoa que pretenda ingressar no mercado de trabalho, se possui uma formação técnica em produção de áudio e vídeo no IFB, tem mais chances de sucesso.
Como diferencial, podemos destacar a estrutura do curso e a distribuição de disciplinas. Buscamos formar técnicos que tenham competências e habilidades para operarem os diversos equipamentos e softwares do audiovisual, mas entendemos que uma base conceitual é indissociável dessa competência. Assim, nossos estudantes sabem como mexer num equipamento mas também sabem as razões das escolhas que estão fazendo.
A forma como o curso foi pensado aliada a um corpo docente com formação acadêmica e experiência prática no audiovisual possibilitam uma formação técnica única. Outro ponto é que o campus, localizado no Recanto das Emas, conta com uma infraestrutura de laboratórios, estúdios, ilhas de edição, equipamentos de fotografia, iluminação e som que possibilitam uma formação apropriada à prática do jeito que acontece no dia a dia, e não uma prática simulada.
Pontos fortes na formação
Sem dúvida esses diferenciais mencionados anteriormente são também pontos fortes na formação oferecida pelo nosso campus. Além disso, na nossa formação, buscamos abranger os diversos aspectos que envolvem a produção audiovisual, e suas diversas linhas de atuação. Ou seja, não é um curso de cinema, mas também é um curso de cinema. Não é um curso de produção para TV, mas também é. E por aí vai!
Quando o curso foi criado, pensou-se muito no corpo docente, ou seja, nasceu nas características desse corpo docente, e isso está relacionado também com a estrutura do curso. O projeto pedagógico divide bem disciplinas de cunho teórico com disciplinas de prática — de colocar a mão na massa. Então, há aprendizado nessas duas vertentes, que se complementam e estão entrelaçadas. Não estamos falando de um curso técnico para aprender a operar uma Câmera apenas. Por trás do entendimento sobre linguagem audiovisual tem uma compreensão dos porquês de certas escolhas — o que se produz em termos de sentido no enquadramento e dirigido para outras áreas de conhecimento, como iluminação, fotografia, som e edição. Nesse fluxo acontece uma parte teórica e uma parte prática de maneira simultânea. Isso é um diferencial no sentido de que a gente está formando um estudante que tem consciência também das razões das escolhas que ele vai fazer na sua área específica.
É um curso aberto a todo tipo de produção audiovisual, não só cinema e não só qualquer outra coisa. O estudante tem a possibilidade de experimentar diversas vertentes, seja fazendo um filme, seja fazendo um programa de TV, ou uma transmissão, ou trabalhando na produção de festival. O curso busca compreender todas as áreas do audiovisual com esse enfoque no fazer e sem deixar de lado toda a teoria ou todo conceito que está por trás de cada um desses segmentos.
Projetos ativos de que o estudante pode participar no curso
O curso oferece quatro frentes de atuação em diferentes núcleos, que abarcam quatro grandes áreas do audiovisual: pesquisa, desenvolvimento, produção e distribuição. O Clube do Roteiro é um núcleo dedicado à etapa de desenvolvimento. Funciona como uma incubadora em que os estudantes terão a oportunidade de trabalhar suas ideias e organizar para que possam sair do papel. Outro grupo é o Gema, que atua com elaboração de projetos culturais. A Ema Filmes é o núcleo voltado para a produção de fatos, seja de curtas ou transmissões, além do Festival Recanto do Cinema, que irá para a terceira edição no ano que vem. Quanto à distribuição, o núcleo busca dar visibilidade aos projetos produzidos pelos alunos, assim como na catalogação de toda a produção do campus. Em breve se pretende disponibilizar toda a produção do campus em um servidor de streaming próprio. Além disso, os estudantes participam ativamente de editais específicos, como o PIPA — Projeto de Intervenção Pesquisa-Ação, em que podem apresentar projetos na área de audiovisual. Destaco ainda um projeto que está sendo realizado com conteúdo de didática na área de biologia, que envolve produção audiovisual em Realidade Virtual.
Oportunidades no mercado em Brasília e outras perspectivas
Um profissional formado em nosso curso pode trabalhar para cinema, publicidade, TV, jogos digitais, na área de educação, eventos, entre outros — seja com produção, operação de câmera, operação de som, edição, iluminação, operador de switch —, e não para. Na área de jogos, pode trabalhar com dublagem, por exemplo. Pode trabalhar com acessibilidade na produção de legendagem, produção e gravação de audiodescrição, produção, gravação e edição de janela de libras. Pode trabalhar na operação para eventos. Em uma palestra, ou um grande evento, é necessário operar mesa de som, operar equipamentos de projeção, operar equipamentos de transmissão. Aliás, com a pandemia, surgiu uma grande demanda de profissionais de edição e transmissão, em escolas. Com o ensino remoto, tornou-se comum a realização de transmissões. Os profissionais também podem atuar como realizadores enviando projetos culturais para os editais de fomento, para assim realizarem seus curtas, longas, séries e outros projetos audiovisuais.
Existe um perfil para esse estudante?
Para ingressar, o pré-requisito é ter o ensino médio, para o caso do curso subsequente, e ter o ensino fundamental concluído para a realização do Ensino Médio Integrado. O perfil dos estudantes no campus é bem variado. Temos estudantes sem nenhuma experiência, assim como aqueles que já têm experiência e até atuam na área, mas buscam aprimorar e aperfeiçoar seus conhecimentos. Acreditamos que diversidade é super saudável, pois temos um espírito de compartilhamento de nossos conhecimentos em que todos aprendem e saem ganhando. Para ingressar no curso, basta ter interesse pelo audiovisual. Todo o resto a gente vai aprendendo na caminhada.
SERVIÇO
No IFB, há mais de 40 cursos ofertados em diferentes níveis — do ensino médio à pós-graduação. O Processo Seletivo 2022/1 já está com as inscrições abertas - clique aqui.
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