Campus Gama realiza vivência pedagógica com bonecas Abayomis no Núcleo Rural Alagado da Suzana
Nessa segunda-feira, 13, foi realizada uma vivência pedagógica no Núcleo Rural Alagado da Suzana (Gama) em que os participantes fizeram e dançaram as bonecas Abayomis. O objetivo da vivência pedagógica foi evidenciar a identidade do povo brasileiro e ressignificar as dores do povo africano, especialmente das mulheres e das crianças. O encontro aconteceu a convite da coordenadora de projetos sociais da Seara Espiritual, Luciana Guimarães,
A metodologia utilizada foi a contação da história dos negros africanos traficados nos navios negreiros, a construção das bonecas com material de descarte e a Biodanza que possibilitou aos participantes vivenciarem de forma lúdica a vinda dos negros africanos para o Brasil. A vivência pedagógica foi uma ação do Projeto de extensão Mulheres Cheias de Graça e das Oficinas Histórias e Origami e É Brincando que se Aprende. A ação foi organizada pelas professoras coordenadoras Êrika Fernandes Cruvinel e Sylvana Karla Lemos Santos para marcar o mês em que se comemora a Consciência Negra.
O Dia da Consciência Negra é comemorado em 20 de novembro em todo o país. A data homenageia o Zumbi, um escravo que foi líder do Quilombo dos Palmares. Zumbi morreu em 20 de novembro de 1695. O objetivo do Dia da Consciência Negra é fazer uma reflexão sobre a importância do povo e da cultura africana, assim como a influência que tiveram na construção da identidade brasileira. Segundo Luciana Guimarães, a África é a nossa origem, o seu sagrado está em nossa essência e se manifesta em nossos atos e em nossa fé. Para a professora Êrika Cruvinel, este é um mês para mostrarmos nosso apreço e respeito pela cultura afro-brasileira, daí a importância simbólica de fazermos e dançarmos as bonecas Abayomis.
A palavra Abayomi tem origem iorubá e quer dizer encontro precioso (abay=encontro e omi=precioso). Abayomi significa aquele que traz felicidade ou alegria e serve para meninos e meninas, indistintamente. Nos navios negreiros as mulheres negras as confeccionavam com pedaços de suas saias para acalmar as crianças que muitas vezes choravam e por isso eram jogadas ao mar. Já em terra firme, as bonecas também eram usadas pelas mães para reconhecer e reencontrar seus filhos quando eles eram apartados delas pelos malfeitores. As Abayomis transformavam as dores de mães e filhos em encontro e alegria. Hoje a Abayomi é símbolo de resistência, tradição e poder feminino.
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