Exposição de fotos marca conclusão de disciplina sobre Logística
Durante o último semestre, os alunos da disciplina Logística, do curso Técnico de Agronegócio do Campus Gama, visitaram locais, como a Ceasa, o Porto Seco, as fábricas da Ambev e da Schincariol e a fazenda de café Fontenele, para buscar entender como se dá o processo de armazenagem e transporte de mercadorias. Além do aprendizado, essas visitas deram origem a uma exposição fotográfica, que foi aberta na manhã desta segunda-feira (4), na área de circulação do pavilhão de aulas do campus.
Coordenada por Lusifátima Gadêlha, professora da disciplina, a exposição mostra que a logística vai além do transporte. “Essa mostra é fruto do contato que a turma teve com o ambiente externo, onde ocorrem o armazenamento e a troca. Não há laboratório melhor para um aluno de Logística do que esse”, afirmou. “Essas atividades de extensão também servem para reduzir a evasão, pois o aluno se apropria mais do ambiente escolar”, argumenta.
Para o estudante Rodrigo de Sousa, 24, as visitas serviram não só para a disciplina Logística, mas também para fixar conceitos aprendidos em outras disciplinas. “Foi possível ter uma percepção melhor do agronegócio e de toda a sua extensão”, avaliou.
A estudante Elisângela Cordeiro, 31, destaca a importância da logística para o agronegócio. “Se não houver um sistema de armazenamento e entrega, não há escoamento da produção”, ensina. “Depois dessa disciplina passei a perceber que a logística está presente em tudo”, comenta o vigilante Evandro Amorim, 34, que está terminando o curso Técnico em Agronegócio e pretende mudar de profissão em breve.
Das visitas realizadas, a estudante Silvana Alves, 42, destaca o que aprendeu na Ceasa. “Fiquei sabendo o que é a pedra, que é o local onde vendedores e compradores se encontram para acertar a venda, e romaneio, que é uma espécie de check list, feito por quem faz as entregas. São coisas que a gente só aprende na prática”, comenta. Já Vanilda Machado, 34, gostou de conhecer o Banco de Alimentos da Ceasa, que cadastra famílias e instituições carentes para fazer a doação de frutas e verduras.
A abertura da exposição de fotografias contou com a participação musical dos professores Sérgio Mariani e Eduardo Sallenave e da estudante do curso de Agronegócio Elisama Pereira, que cantaram músicas regionais do sul e do centro-oeste brasileiro.
Melhorias
Quem prestigiou a exposição foi a deputada Érica Kokay (PT/DF), que tem apoiado a comunidade escolar em suas reivindicações. “Quando estive aqui pela primeira vez foi para apoiar estudantes que reivindicavam melhores condições de acesso. Naquele momento, vocês deram uma lição de cidadania; foi encantador”, ressaltou. A deputada também destacou o papel do Instituto Federal de Brasília (IFB) “na democratização do acesso ao ensino de qualidade neste país”.
No final do ano passado, os alunos interditaram a rodovia DF 480, que fica em frente ao Campus Gama e na entrada da cidade, para exigir melhorias no acesso ao local. Na ocasião, a deputada interveio e realizou, em seu gabinete, uma reunião com representantes de vários órgãos do GDF. Desde então, o governo já colocou postes de iluminação pública ao redor do campus, instalou paradas, revitalizou uma linha de ônibus e alterou o percurso de outra.
Desde janeiro, duas linhas de ônibus estão servindo, de modo mais efetivo, os alunos do Campus Gama. Os ônibus das linhas 251.9 e 271.4 começaram a passar em frente à unidade do IFB. A primeira tem como roteiro básico: Santa Maria, Conjunto Residencial Santos Dumont, Avenida Alagados, Gama Sul, Leste e Oeste. Já a 271.4 teve um aumento de rota, tendo o trajeto pelo Setor Leste, Setor Oeste e Condomínio Porto Rico.
“As condições de acesso melhoraram bastante”, atesta o diretor do campus, Fernando Araújo. O GDF também se comprometeu a construir um calçamento, do campus até onde vai funcionar o Expresso DF.
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