Reitor recebe estudantes para falar sobre a situação dos Interpretes de Libras

Em visita ao Campus Gama – onde aconteceu a reunião do Colégio de Dirigentes e o projeto Reitoria Itinerante nesta quarta-feira, 11 de março – o reitor do IFB, Wilson Conciani, recebeu um grupo de estudantes preocupados com a quantidade de interpretes de Libras que atuam no campus.

Conciani explicou aos alunos a atual situação e reiterou que infelizmente a legislação proíbe, neste momento, a contratação de interpretes temporários e obriga o encerramento do contrato de todos os profissionais que não são concursados.

"Esse assunto é prioridade neste momento, pois sabemos da importância que o interprete tem na instituição para inclusão dos alunos surdos. Encaminhamos ao Ministério da Educação e do Planejamento a solicitação que nos autorize a contratação novamente de interpretes temporários e estamos entrando em contato diariamente em busca da solução. Também estamos em contato direto com parlamentares para que a gente consiga resolver essa situação mais rápido possível", explica.

Entenda o caso

Antes da posse dos novos servidores aprovados no concurso, que aconteceu no início deste ano, os interpretes de Libras atuavam no IFB de forma temporária, com contratação por meio de processo seletivo simplificado.

Porém, com a convocação dos aprovados no último concurso público a instituição não pode mais contratar esses profissionais temporariamente e não há código de vagas suficientes para suprir a demanda atual de intérpretes.

Segundo dados da Pró-Reitoria de Extensão (PREX), neste semestre o IFB necessita de 36 interpretes para atender a demanda atual e essa demanda varia a cada semestre, o que dificulta ainda mais a contratação por meio de concurso.

"Hoje a nossa demanda é de 36 interpretes. Semestre que vem pode ser que seja 100 ou 10, não sabemos, por isso é complicado o preenchimento somente por concurso público", explica o pró-reitor de extensão Giano Copetti.

No último concurso foram disponibilizadas 15 vagas, apenas 13 candidatos foram aptos a assumir os cargos e oito já tomaram posse e estão atuando nos campi da instituição.

"Infelizmente esse é um problema que todos os Institutos Federais estão enfrentando e estamos articulados para resolvê-lo o mais rápido possível", finaliza o reitor.