O esporte permite ir muito além do que a gente acha que é importante
A cobertura oficial dos Jogos do Instituto Federal de Brasília (JIFB) 2018 está sendo realizada, de forma especial, por um grupo de alunos do Campus Riacho Fundo e supervisionado por professores da unidade. Assim, os estudantes Ludmylla Carvalho (LC) e Mathias Vilarindo (MV) conversaram com o reitor do IFB, Wilson Conciani, para falar sobre o impacto dos jogos na rotina da instituição e a importância da integração do conhecimento.
LC e MV: Qual o impacto dos Jogos do Instituto Federal de Brasília (JIFB) na rotina da instituição?
Conciani: O impacto é grande, muito grande. Nós gostaríamos que todos os estudantes estivessem participando de todos os momentos como, por exemplo, na torcida ou jogando. Seria fantástico! Infelizmente não é possível pela nossa capacidade de estrutura, mas os jogos movimentam as salas de aula, nossa rotina institucional e, sobretudo, abre o IFB para algo fundamental chamado integração! Integrar as diferentes áreas do conhecimento, integrar os diferentes campi, os diferentes cursos. Penso que é um impacto grande e muito positivo.
LC e MV: Como o Instituto descobre novos talentos para o esporte e incentiva sua participação nos jogos?
Conciani: Os alunos são convidados a participar. A gente chama, convida todos que querem formar sua equipe, abrindo espaço para que os estudantes manifestem seus diversos talentos, inclusive o esportivo. Na Rede Federal há diversos atletas que nasceram no Instituto. Na minha turma, por exemplo, quando eu fui estudante, três alunos se tornaram profissionais. Normalmente, nas etapas regional e nacional há olheiros observando nossos discentes. Até mesmo na etapa local temos equipes da Secretaria de Esportes e dos Centros Olímpicos que acompanham os jogos e observam o nascimento de novos talentos. Também temos a publicação de diversos editais de cultura, esporte, extensão, pesquisa, que permitem aos estudantes conhecerem e se identificarem com diferentes atividades. Desta forma, eles desenvolvem outros talentos paralelos a sua formação técnica. Nós não procuramos limitar, o que a gente procura é abrir possibilidades e os editais oferecerem oportunidades para as pessoas se encontrarem.
LC e MV: Qual o impacto dos jogos na vida dos estudantes-atletas?
Conciani: O esporte permite ir muito além do que a gente acha que é importante. Toda vez que pensamos no esporte nos limitamos na competição. Vou competir e vou ganhar, vou competir e vou perder. Não! Há uma coisa mais interessante, os jogos nos permitem fazer novos amigos e nos encontrar com novas pessoas. E mais, para os atletas que estão dentro de quadra jogando, a cada segundo, ele tem que tomar uma decisão: eu vou chutar a bola para ele ou para ela? Vou fazer um passe longo ou curto? E tomar decisões na vida é o que a gente faz o tempo todo e o esporte prepara a gente para isso também. Este é um impacto muito positivo na vida de cada um dos atletas que estão aqui.
LC e MV: Como o Instituto mantém o apoio aos atletas que concluíram o Ensino Médio?
Conciani: Nós podemos fazer o que está dentro da nossa esfera, ou seja, trabalhar com os estudantes. Quando eles terminam o curso o Instituto não consegue mais apoiá-los do ponto de vista financeiro, mas podemos ajudar como fazemos no restante da Rede: recebê-los para que possam treinar. A gente pode apoiar com a quadra ou com o professor. Isso sim é possível e a gente pode fazer.
LC e MV: Qual a sua opinião sobre a abertura dos Jogos e a hospitalidade do Campus Riacho Fundo?
Conciani: A hospitalidade do Riacho Fundo foi maravilhosa. Estes jogos marcam o início de uma nova etapa nos Institutos Federais. Esta edição trouxe uma programação cultural que incluiu eventos como rodas de conversa, palestras sobre estágios, cineclub, entre outras. É outro momento. A gente começa a entender que o esporte é o ponto de encontro, mas que não é a única atração, há outras coisas que a gente pode e precisa fazer. Deste ponto de vista, a abertura do campus, a forma como recebeu os jogos foi fundamental. O Riacho Fundo colocou esta possibilidade e realmente demonstrou que é o campus da hospitalidade.
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