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Servidores no eJIFB: esporte, caminho para saúde e qualidade de vida

Criado: Quarta, 21 de Julho de 2021, 09h00 | Publicado: Quarta, 21 de Julho de 2021, 09h00 | Última atualização em Quarta, 21 de Julho de 2021, 13h04 | Acessos: 559

Quando os pais de Paulo Henrique Sales Wanderley, o Paulão, 38 anos, matricularam o filho, aos 9 anos de idade, na escolinha de basquete do Estado de Goiás, ele não imaginava que o esporte se tornaria parte essencial de sua vida. Muito menos que do basquete ele acabaria se encontrando no judô. 

A intenção dos pais do atual pró-reitor de Extensão e Cultura do Instituto Federal de Brasília (IFB) era combater a obesidade do filho. “Eu era obeso desde muito novo, e a melhor forma de combater esta doença, na visão deles, era a prática esportiva”, explica o servidor. 

Segundo ele, por ser criança, não foi um começo muito fácil. Porém, com o tempo, internalizou a importância da prática esportiva e conseguiu se adaptar ao basquete. Aos 11 anos, trocou as quadras pelo campo e passou a praticar futebol. Treinou como goleiro em clubes como Clube Telegoiás, Bate-Bola Centro Esportivo, Green Carpet Centro Esportivo e no Atlético Clube Goianiense. 

Mas foi aos 14 anos que Paulão encontrou a modalidade que o seguiu até a fase adulta: o judô. Ele foi atleta da seleção goiana de judô sub-15 e era o representante de Goiás na categoria Pesado (+73kg). Participou de quatro campeonatos goianos, conquistou três títulos no Pesado e participou de dois campeonatos brasileiros da categoria, sendo que a melhor colocação do atleta foi o 5º lugar. 

Em 2000, quando se preparava para entrar no tatame no Campeonato Brasileiro, ele conheceu pessoalmente o presidente do Comitê Olímpico Brasileiro (COB) e xará Paulo Wanderley Teixeira. 

“Estava aguardando minha primeira luta, quando uma pessoa baixinha vem gritando: ‘quem é Paulo Wanderley, quem é Paulo Wanderley?’ Me encolhi e levantei a mão timidamente, respondendo que era eu. Ele se apresentou e disse que queria apenas conhecer a pessoa que tinha o mesmo nome e sobrenome dele”, relata. Paulão conta que o xará estava lá também para assistir à luta dele contra um atleta do Espírito Santo, que acabou não ocorrendo, pois o judoca capixaba se lesionou antes da luta. 

De 2012 a 2016, ele fez uma pausa no esporte e praticou futebol americano. Paulão atuava como linha ofensiva primeiramente na equipe Goiânia Rednecks e, por último, no Brasília Alligators. 

Os grandes desafios, para ele, sempre foram os físicos. “A força física, além da técnica, tem um peso muito grande e, para atingir um nível competitivo, a exigência neste aspecto fica muito grande", pontua. 

 

Inspirações no judô

No futebol, Paulão teve como inspirações os goleiros Armelino Donizetti Quagliato, o Zetti, e Cláudio André Mergen Taffarel. No judô, o sensei Lhofei Shiozawa e o paratleta Leonel Filho inspiraram Paulão a persistir no esporte. Lhofei Shiozawa foi o primeiro representante brasileiro do judô nas Olimpíadas, em Tóquio, 1962. “Fiz vários treinamentos técnicos na academia Nikkei, sob comando do sensei Shiozawa e tinha uma admiração muito grande por ele”, conta. O sensei faleceu em 2008.

Já Leonel Filho é cego desde os 19 anos e foi representante do Brasil nos Jogos Paralímpicos de Seul, em 1988. “É um dos judocas mais sensitivos e técnicos com quem já tive o prazer de realizar um treinamento. Dono de uma técnica extremamente apurada e de uma ótima capacidade de perceber onde e como estão posicionados seus adversários”, relata Paulão. “Sua falta de visão nunca foi empecilho para ele treinar em altíssimo nível contra atletas com visão normal.”

 

Esporte sempre foi válvula de escape

Desde que os pais introduziram o esporte na vida dele aos 9 anos, Paulão sempre o usou como um escape para a rotina pesada. “Sempre foi o meu momento de não pensar em trabalho e pensar exclusivamente em mim e no meu corpo”, reforça. Como todo bom apaixonado por práticas desportivas, o servidor também consome campeonatos pela televisão ou internet. Paulão sempre assiste às Olimpíadas, Copas do Mundo e ao Super Bowl.

Para ele, o trabalho em equipe, solidariedade e companheirismo são importantes ao entrar em campo, quadro, piscina ou pista. “Mesmo nos esportes individuais, todos dependemos dos parceiros de treinos e dos técnicos e professores para melhorar o nosso nível técnico e tático”, opina. “É impossível vencer no esporte sozinho, assim como entendo que é impossível vencer na vida sozinho.”

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