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Servidores no eJIFB: conheça Filipe Pessoa e sua disciplina inspirada pelo tênis de mesa

Criado: Quinta, 22 de Julho de 2021, 09h00 | Publicado: Sexta, 23 de Julho de 2021, 09h00 | Última atualização em Quinta, 22 de Julho de 2021, 16h14 | Acessos: 546

Os Jogos Olímpicos, evento que a cada quatro anos reúne federações de todo o mundo em uma competição de mais de 40 esportes, sempre faz os brasileiros ligarem a televisão e ficarem imersos nos jogos por duas semanas. Não traz só diversão ou o orgulho de torcer pelo seu país, mas também tem poder de inspiração.

Para Filipe de Morais Cangussu Pessoa, 37 anos, economista da Coordenação Geral de Planejamento (CGPL) no Instituto Federal de Brasília (IFB), as Olimpíadas do Rio de Janeiro, em 2016, foram o despertar para que ele se interessasse pelo tênis de mesa. 

“Eu estava de férias na casa dos meus pais em Belo Horizonte e assistindo aos jogos achei incrível a habilidade dos atletas de tênis de mesa. A velocidade de reação dos atletas e as habilidades que o jogo exigia chamaram muito a minha atenção”, conta. Depois de desligar a televisão e voltar das férias, ele tinha uma certeza: iria começar a treinar o esporte.

 

“Eu parecia uma criança descobrindo o mundo”

Durante a infância e adolescência, o servidor praticou basquete, futebol, natação e corrida. Por nunca ter praticado tênis de mesa, ele ficou empolgado para se inserir num universo completamente novo. “Eu parecia uma criança descobrindo o mundo”, define. 

Além dos treinamentos, ele também se dedicou à pesquisa sobre o esporte, melhores atletas, principais competições e quais os materiais necessários para praticar. “Todas essas indagações despertavam minha curiosidade e faziam meu interesse crescer cada vez mais”, conta. 

Na mesma época, ele buscou inspirações em atletas com o mesmo porte físico que o dele. Vladimir Samsonov, atleta da Bielorússia, chamou a atenção do servidor. “O tênis de mesa tem, em sua maioria, atletas de estatura baixa e média e eu, com 1,85m de altura, busquei referências de jogo em atletas mais altos e esse atleta foi a grande referência para mim. Ele tem um estilo de jogo simples, efetivo e bonito de se ver”, ressalta.

Filipe começou treinando três vezes por semana no Clube Nippo. Chegou a interromper a prática por alguns meses para se dedicar ao trabalho. Depois, voltou a praticar na academia Fitpong, duas vezes por semana. Em fevereiro de 2018, os treinos se intensificaram e começou a praticar a modalidade quase que em tempo integral: seis vezes por semana, quatro horas por dia. 

 

Tênis exige concentração e disciplina

O tênis de mesa trouxe para Filipe a importância de se ter disciplina, perseverança e espírito de cooperação. Para o servidor, a evolução só é possível com disciplina e com o apoio do parceiro de treino, apesar de ser um esporte individual.

“O tênis de mesa é um esporte que exige muita disciplina e concentração, como dizem, é semelhante a jogar uma partida de xadrez a 200 km/h e esse é o grande desafio que todo atleta que o pratica enfrenta no seu dia a dia”, pontua. “Sem dúvidas, é o esporte que mais me proporcionou prazer e satisfação de praticar.”

Ele também reforça que a rotina é essencial para que o corpo crie memória muscular ao ponto de a execução dos movimentos ser automatizada. “É preciso perseverar, porque esta automatização só vem com muito esforço e dedicação, ainda mais para mim que comecei na modalidade depois de mais velho”, disse.

 

De volta às competições

Filipe Pessoa disputa campeonatos internos nos clubes de Brasília e o campeonato da Federação de Tênis de Mesa de Brasília. Em 2020, estava se preparando para começar a competir a nível nacional mas, devido à pandemia, esse sonho foi deixado em segundo plano. 

O campeonato mais importante dele foi a disputa da final da 3ª divisão da última etapa da Federação de Tênis de Mesa de Brasília, em 2019. Após tomar a vacina, em 15 de julho, ele espera poder voltar a competir, mas continua a disciplina e concentração de sempre: treina de segunda a sábado e extrai o melhor de si. 

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