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Reciclagem depois dos 50

Criado: Quarta, 07 de Outubro de 2009, 21h00 | Publicado: Segunda, 29 de Novembro de 1999, 22h00 | Última atualização em Quinta, 05 de Dezembro de 2013, 10h22 | Acessos: 2259

Quando deixou a cidade de Machado (MG), Walter Antonio Rodrigues, então com 18 anos, decidiu apostar no Colégio Agrícola de Brasília em vez de buscar as escolas técnicas espalhadas por cidades mineiras próximas, como fazia a maioria dos colegas à época.

Trinta e oito anos depois, o hoje professor (e morador) do Campus Planaltina do Instituto Federal de Brasília, como o colégio passou a ser conhecido desde o fim do ano passado (leia Para saber mais), percebe que tomou a decisão certa quando deixou a cidade natal com cinco amigos em busca da formação profissional que não teria perto de casa.

Atual vice-diretor da instituição, Rodrigues auxilia o antigo Colégio Agrícola a expandir seus horizontes e dar oportunidades a mais jovens como aquele que veio de Minas Gerais há quase 40 anos.Era 1959, quando o então presidente Juscelino Kubitschek assinou o decreto que criava o Colégio Agrícola de Brasília, à época conhecido como "Escola Agrotécnica".

Atualmente, o Campus Planaltina, que já formou cerca de 4 mil alunos no DF, está se preparando para abrir seu primeiro curso em nível superior, mas sem perder a essência de privilegiar a prática no campo. "Nosso objetivo é capacitar para o mercado. Agrônomo tem no Brasil inteiro, mas não adianta só saber falar. É preciso saber aplicar", defende o vicediretor, que se mudou literalmente para o colégio, onde estudou como interno por três anos. As inscrições para o curso de agroecologia - que ganhará um prédio próprio - começam em novembro e já têm pretendentes. Aguinar de Sousa, 26, estuda agropecuária no câmpus de Planaltina e está de olho na abertura das inscrições. "Já frequentei aulas de informática e turismo", conta o colecionador de cursos, que se mudou para uma chácara ao lado do instituto para não perder as aulas. "Não conseguiria morar nos alojamentos", diz o estudante. Diferentemente dele parece ser o pensamento de um quinto dos alunos de Planaltina, que moram na própria instituição.

São jovens como Elvis dos Anjos, 22, e Fábio Luís Araújo, 18, que frequentam os alojamentos desde o início do ano. "É tudo muito bom por aqui", elogia Fábio.PráticaOs alunos do agora Instituto Federal sentem diariamente a diferença de botar a mão na massa. "Essa formação vai me ajudar quando eu fizer o curso de agronomia, provavelmente na Universidade Federal de Viçosa (MG)", planeja Ítalo Daniel Alves da Silva, 15. Morador de Planaltina, o jovem assiste todos os dias a 10 aulas de 50 minutos, muitas delas em uma das 11 Unidades de Ensino e Produções (UEP) espalhadas pelos 2.231 hectares do instituto. São pontos onde os estudantes, que também assistem a aulas de ensino médio, aprendem a medicar animais e a trabalhar com mecânica.

A estrutura é tão boa que alunos de instituições como a Universidade de Brasília (UnB) e a Upis a utilizam para complementar os estudos. "Gostaria de ter conhecido isto aqui antes", comentou a estudante de zootecnia Carmem Lúcia Carvalho da Cunha, 37, enquanto acompanhava procedimentos realizados pela professora Larissa Queiroz. "Tem muita gente que cai de paraquedas no curso, sem saber o que vai fazer. Mas pior é chegar ao final sem ter ideia prática da profissão", avalia Carmem.

Tudo consequência da falta de estrutura de outras instituições. "Suinocultura, por exemplo, só se aprende na prática aqui", diz Larissa, integrante do corpo técnico do campus há quatro anos.Atualmente o Campus Planaltina atende a 480 alunos de todo o DF - e forma 80 por ano. "Tenho colegas que vêm todo dia de Guará, Ceilândia e Taguatinga", conta Ellen Cristina dos Anjos, 15, que cursa o primeiro ano do ensino médio e o curso de agropecuária no câmpus de Planaltina.

Essa demanda, entre outras coisas, justifica a criação de mais quatro câmpus no DF nos próximos dois anos. "O campus do Plano Piloto deve ficar pronto primeiro e será o maior dos cinco", prevê o reitor do Instituto Federal de Brasília, Garabed Kenchian. Todos devem estar funcionando pelo menos provisoriamente até 2011.

Fonte: Correio Braziliensehttp://www.linearclipping.com.br/PDFs/899718.pdf

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