2ª edição do Diálogos entrevista a professora Ivone Moreyra

Nas linhas abaixo você vai encontrar informações sobre a situação das obras de reformas e construções de novos prédios do Campus Planaltina. Ela fala também a respeito da rede de acesso à internet e da expectativa de melhoria nas linhas de transporte coletivo que atendem a Escola. Segundo a diretora, o atual sistema de internet, via rádio, deve ser substituído no final de 2011.


Portal IFB- Professora Ivone, gostaria que falasse sobre sua carreira e atuação na educação profissional.
Ivone Moreyra – Sou graduada em História pela Universidade Federal de Goiás e durante minha graduação comecei a dar aulas. Depois da conclusão prestei concurso na an ti g a Escola Técnica Federal de Goiás. Entrei nessa Escola  e logo no meu primeiro ano foi ofertado um curso de especialização em metodologia para se trabalhar com cursos técnicos. Fiz a especialização e me dediquei a educação profissional. Atualmente, no mestrado, estudo a reforma na educação profissional, me dispus a discutir o Proep (Programa de Expansão da Educação Profissional).

Vim para o MEC quando Cristovam Buarque tornou-se ministro, fui convidada para trabalhar na Setec (Secretaria de Educação Profissional), depois fui convidada para colaborar na organização do Instituto Federal de Brasília. Acabei me oferecendo para dirigir o Campus Planaltina em julho do ano passado e vim para cá.

Portal IFB: O Campus Planaltina foi criado ainda na década de 50. Qual é a história dessa Instituição?
Ivone: Na época do presidente Juscelino Kubitschek foi criada uma escola para agregar os filhos da população que vinha trabalhar na construção da cidade, então nasceu o Colég io Ag rícola de Brasília. Durante os 20 prim eiros anos a escola foi referência na formação, porque ainda trabalhava no método escola fazenda.

A estrutura de sustentação d esta Instituição vinha do que ela e seus alunos produziam e comercializavam. Até o final da década de 1970  Colégio esteve ligado ao MEC . D epois, uma  fun dação do GDF ficou com a escola. Naquela época eram ofertados apenas dois cursos: Economia Doméstica e Agropecuária. O Colégio Agrícola acabou mudando de nome ao longo desse anos, mas o nome histórico ainda é Colégio Agrícola de Brasília. Ao longo desse tempo ele passou por diversas  alterações.  Em 2006 o Ministério da Educação trabalhou a ideia da criação de uma escola técnica federal no Distrito Federal. O professor Fernando (Fernando Haddad, ministro da Educação) deu prosseguimento a essa ideia. Em março (de 2006) começou a expansão da Rede Federal e a primeira ideia foi resgatar o Colégio Agrícola de Brasília.

Portal IFB- O Presidente Lula participou da reinauguração dessa escola em 2009, na volta dela para o governo Federal. Como se deu essa transferência do GDF para a União?
Ivone: A fase de transição da Escola Técnica Federal de Brasília foi muito rápida, tecnicamente eles fizeram a passagem com um grupo de professores que optaram por sair e outro por permanecer no Colégio. Fizeram um convênio do MEC com a Secretaria de Educação do GDF para que um corpo de técnicos permanecesse,   esse grupo, majoritariamente, ainda continua no Campus. Esse convênio foi reeditado no final de 2008. A gente teve uma passagem que não foi muito trabalhada. A parte mais formal - no sentido da transferência patrimonial - só  foi concluída no primeiro semestre deste ano (2010). Fizemos a transferência patrimonial, o reitor recebeu e foi feito um levantamento de tudo o que aconteceu.

O período de transição foi mais trabalhada, teve gente (alunos) que estava fazendo um curso com o GDF e concluiu o  curso como Escola Técnica Federal de Brasília. Esses trâmites burocráticos, na prática, não chegam a ser complicados, mas com as pessoas sim, porque entra um diretor, sai uma equipe de gestão, isso implica na vida de quem está aqui, foi um pouco conturbado.

Portal IFB- Em Planaltina há prédios em reforma e outros em construção. Como está o andamento dessas obras?
Ivone: Temos o prédio de Ensino, que foi reformado pelo Cefet Goiás, os prédios de alojamentos que foram reformados, mas ainda demandam alguns reparos, e estamos com quatro alojamentos praticamente plenos para serem habitados, mas demandam algumas reformas. Os dois primeiros – alojamentos - que foram reformados estão em fase de finalização neste final de ano.O prédio de laboratórios, o “abacatão”,  demanda hoje uma reforma muito substancial. Estamos na finalização do projeto básico de dois prédios de laboratórios, a previsão é que comecem a construir em 2011. Temos ainda 21 casas que demandam algumas reformas.

As Unidades de Ensino e Produção (UEP's) tiveram uma readequação: a construção de uma nova UEP de Bovinocultura que conseguimos ter uma construção avançada tanto na parte de processamento de leite, quanto na parte de manejo dos animais e reprodução. A Bovinocultura está muito bem reestruturada, a partir do semestre que vem a obra estará disponível. A UEP de Suinocultura funciona, mas demanda reparos, vamos trabalhar com esse projeto a partir de 2011. Avicultura, Apicultura e Cunicultura temos uma boa estrutura e a Ovinocultura tem uma estrutura pequena, mas dá para suprir com tranquilidade. A Avicultura está muito bem estruturada, vamos trabalhar mais na parte de Olericultura, Apicultura e Suinocultura.

A gente tem uma reforma na mecanização: compramos máquinas grandes e precisamos de maior adequação, espaço para guardar os equipamentos que adquirimos. O galpão foi completamente reformado e todo remodelado com a aquisição de um tanque de combustível na área do diesel para poder abastecer essas máquinas.

A nova biblioteca está sendo encerrada esse ano e provavelmente no começo do ano que vem teremos um novo auditório. Os outros dois prédios de laboratório da área técnica, de ciências naturais e humanidades estão em plena construção. Em 2012 nós teremos os laboratórios sendo adequados. O prédio da Agroecologia, que está sendo construído do outro lado da pista, fica pronto no começo do ano que vem.

O que fica em defasagem temporal - em relação ao que a gente gostaria com mais rapidez - é a área de agroindústria. A estrutura do curso, a estrutura do prédio - dentro das instalações - é cara e nós optamos por trabalhar por etapas. Então nós fizemos um primeiro desenho básico enxergando todo  o complexo da Agroindústria e optamos, primeiro, por trabalhar o bloco de laboratórios. Nesse projeto estamos trabalhando com os laboratórios de física, ciências, química e biologia. O complexo de laboratórios  vai chegando ao final de 2012 minimamente pronto, a gente tem capacidade de atender com tranquilidade a demanda da comunidade que é muito grande.

Portal IFB- Esse Campus tem algumas dificuldades de infraestrutura. Como está a situação da internet, linhas telefônicas e transporte de estudantes?
Ivone- No caso da internet, sofremos com interrupções e quedas. Tem um serviço temporário de atendimento que é via rádio. Temos um projeto que está sendo estruturado, o de fibra óptica, que desceria a BR-020 até aqui. Quando chegamos aqui tinha um telefone para falar nesse espaço todo. A gente superou isso. A gente tem telefone praticamente em todos os prédios, menos na área mais de cima que estruturamos uma comunicação com rádio. A parte de internet acredito que no final de 2011 teremos condição plena de contato com tranquilidade.

Na realidade o transporte é mais complicado, o Campus Planaltina é o único que tem três veículos grandes de transporte coletivo, a gente supre nossas demandas e as dos outros Campi. Sobre o transporte público (que dá acesso ao Campus) o reitor teve um encontro com o futuro governador (Agnelo Queiroz), colocou para ele o problema e a gente tem expectativa que essa questão possa ser olhada pelo novo governo com mais cuidado, mais atenção. Hoje temos com regularidade uma linha que sai de Brasília para a porta do Campus Planaltina, isso é uma segurança para os estudantes e para todos que frequentam aqui.

Portal IFB- Quando e quais cursos novos serão implantados no Campus Planaltina?
Ivone- Vamos continuar com o Ensino Médio Integrado em Agropecuária. Vamos manter o curso de Agroindústria na modalidade subsequente e o Curso de Agroecologia. Estamos estruturando o Curso de Paisagismo em 2011, a partir do segundo semestre.  Trabalharemos também com o curso de Licenciatura em Ciências Agrárias, na modalidade de educação a distância, oferecido a professores da Rede Federal que trabalham em escolas agrotécnicas e que são professores, mas são profissionais que não são licenciados. Esses são os projetos e expectativas desse Campus.

Diretoria de Comunicação Social