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Napne Planaltina atende alunos e transforma a realidade

Criado: Sexta, 17 de Dezembro de 2010, 09h06 | Publicado: Sexta, 17 de Dezembro de 2010, 09h03 | Última atualização em Quinta, 05 de Dezembro de 2013, 10h22 | Acessos: 3213

O Campus Planaltina do Instituto Federal de Brasília (IFB) estabeleceu no dia 30 de julho uma portaria que criou o Núcleo de Atendimento às pessoas com Necessidades Educacionais Especiais (Napne). Segundo o professor de educação física e coordenador desse Núcleo, André Luiz de Melo, a decisão de criar o Napne veio após a comunidade ficar sensibilizada com a trilha sensitiva (trilha adaptada para pessoas com deficiência visual). Esse projeto expôs para os membros do IFB as dificuldades que pessoas com alguma necessidade física específica têm.

Depois de criar o projeto da trilha, o Campus recebeu uma demanda de estudantes que possuem deficiências e dificuldades de ensino. Entre os demandantes está o aluno do Curso Técnico em Agropecuária Cláudio Andrade. Ele usa, além dos óculos, uma lupa para realizar provas devido sua baixa visão. Melo, coordenador do Napne, ressalta que essa situação de Claudio, chamou a atenção de todos, despertando ainda mais a vontade de criar uma equipe para compor o Núcleo de apoio.

A equipe responsável pelo atendimento diferenciado é formada por professores, assistente social, pedagoga e voluntários. Todos fazem um trabalho de cidadania com as pessoas da Instituição. Melo diz que o trabalho não é só com os alunos que possuem necessidades especiais. ''O Napne não está aqui como um salvador da pátria, para se fazer útil e exitoso ele precisa da colaboração de todos que fazem esse Instituto, um trabalho que tem que envolver a comunidade escolar como um todo'', explica.

De acordo com a assistente social Ana Maria Freire, os membros do Napne se reúnem todas as terças-feiras para discutirem as demandas que chegam. “Os professores fazem o encaminhamento para nós e  juntos fazemos o atendimento dentro do possível”, diz Ana.

Esse grupo desenvolve oficinas pedagógicas de profissionalização destinada aos alunos com deficiência. A professora de Artes Lucilene Alves participa com os alunos de projetos de extensão. “Os alunos fazem tapetes, pinturas, isso ajuda a desenvolver a coordenação motora”, diz a professora.

Mudando a realidade
O Campus Planaltina possui, no momento, sete alunos que precisam de um atendimento especial. Marcelo da Silva é um deles. Ele perdeu 40% da audição quando tinha apenas três anos de idade.  “Minha mãe que conta essa história: ela disse que quando eu era pequeno coloquei um cotonete no meu ouvido, depois deitei, o cotonete entrou atingindo a minha audição”, relata Marcelo.

Ele diz que sente dificuldades em algumas disciplinas, mas ressalta que o acompanhamento da equipe do Napne tem ajudado no seu desenvolvimento.

O coordenador do Napne destaca ainda os projetos arquitetônicos , “para atender melhor os alunos  que tem alguma deficiência, estamos com projetos de criar mais rampas, adaptar os quartos colocando interruptores mais acessíveis e plataformas”.

Conquista do Napne
No dia 23 de novembro o Campus Planaltina recebeu o primeiro telefone adaptado para deficientes auditivos. O equipamento permite ao usuário a comunicação com uma central por meio de teclado acoplado ao visor. O telefone está instalado em um orelhão localizado no prédio principal do Campus, onde se concentram as salas de aulas, coordenação e o administração. Pensando também na qualidade de vida dos cadeirantes, o coordenador do Napne pediu que a instalação fosse feita de maneira mais acessível para estas pessoas. (Karine Sousa)

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