Campus Planaltina conclui obras de canalização das redes de abastecimento de águas superficiais
No Campus Planaltina, diariamente são utilizados milhares de litros de água para a dessedentação de animais, higienização de instalações e prédios, lavagem de veículos e máquinas agrícolas, irrigação de plantações, viveiros de mudas e jardins. A água, para todas essas atividades, é proveniente de três represas construídas dentro do próprio campus. Essa água, para chegar nos diferentes destinos de uso, era conduzida por meio de aproximadamente 5,2 km de canais de terra. A dificuldade de conservação desses canais e a inconstância das chuvas nos últimos anos faziam com que, nos meses finais da estação seca, a água captada das represas se perdesse por infiltração antes de chegar ao destino de uso.
Para mudar esse cenário, há um ano foi iniciada a substituição dos canais de terra por tubulação de PVC enterrada. Essa atividade foi concluída nesta última semana de setembro. “Uma grande quantidade de água era retirada das represas; porém, essa água não chegava no outro lado dos canais, o que nos obrigava a usar tratores com carretas-pipa para transportar a água para não perdermos as plantas e os animais por falta de água. Isso gerava gastos com combustível, mão de obra e desgaste das máquinas. Agora, temos disponibilidade de água o ano todo por efeito da gravidade”, justificou o professor Dirceu Macagnan, coordenador da fazenda do campus.
As obras implementadas para solucionar essa situação apontada foram executadas pelos servidores do campus com o apoio técnico da Secretaria de Agricultura do DF, que ajudou no dimensionamento da tubulação a ser usada em cada trecho. “Nós adquirimos os tubos com a bitola adequada para cada um dos quatro trechos conforme o dimensionamento e, depois disso, iniciamos o processo de colocação da tubulação. A primeira rede construída foi aquela que conduz água para o setor de Agroecologia. Esse era o primeiro lugar do campus em que a água desaparecia no período seco. Neste ano, não houve um único dia em que aquele setor não recebesse toda a água de que precisava para a manutenção de suas atividades”, explicou.
No ano passado, foram feitos 2100m e, neste ano, foram executados os demais 2400m. Com a canalização, foi possível também encurtar as distâncias, eliminando algumas curvas que existiam nos canais de terra. “Foi um trabalho de equipe: dos colegas da Secretaria de Agricultura, que nos atenderam prontamente no dimensionamento da tubulação, dos colegas da área administrativa, que se empenharam na aquisição do material, e, principalmente, do comprometimento de servidores do quadro do campus e especialmente dos servidores terceirizados", complementou Macagnan.
Essa união foi fundamental para a execução das atividades. Com a nova tubulação é possível manter irrigados os jardins e o viveiro de mudas ornamentais sem o uso de bombas, o que contribui para a sustentabilidade, pois não há uso de energia elétrica. "Existe a previsão de não ser mais necessário fazer uso de tratores para o transporte de água. Adicionalmente, todos os setores estão sendo abastecidos com água sem gasto de energia. Também, as represas estão transbordando, pois, como não há perdas durante a condução, sobra água que pode percorrer pelo seu trajeto natural”, concluiu.
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