Crise alimentícia é tema de discussão no Campus Planaltina

A próxima terça-feira, 14, será de debates no Campus Planaltina. Alunos e professores discutem palestra que põe em questão o mercado de ações da indústria alimentícia. Serão avaliados o surgimento das commodities de alimentos e a relação com o endividamento de pequenos agricultores, a produção de sementes e a soberania alimentar. Os fatores discutidos foram definidos com base no documentário Morrendo em Abundância,  apresentado na escola durante o Festival Internacional de Cinema e Vídeo Ambiental (Fica).

Para o evento que inicia às 14h30, a IFAmbiental traz a palestrante Maria Lúcia Fatorelli, coordenadora da organização Auditoria Cidadã da Dívida. Recentemente, ela integrou a Comissão de Auditoria Integral da Dívida Pública (Caic) do Equador e participou nos trabalhos da Comissão Parlamentar de Inquérito ( CPI) sobre a dívida realizada no Brasil. A palestra tem como público-alvo os alunos do Curso Superior de Tecnologia em Agroecologia, mas é aberta para todos os integrantes do IFB.

De acordo com a professora de Biologia e Educação Ambiental, também integrante da Comissão de Meio Ambiente do IFB e coordenadora do debate, Diane Fiamoncini, o evento faz parte de uma demanda que surgiu no ano passado. “No último semestre quando o filme foi passado aos alunos, vimos que algumas questões não estavam esclarecidas, ainda existiam algumas dúvidas, então resolvemos oferecer a palestra”.

O evento do dia 14, se encaixa em um novo projeto que será desenvolvido pela IFAmbiental, chamado de Ver de Perto. “Nós iremos passar filmes sobre consciência ambiental para os alunos e, trazer pessos para realizarem palestras sobre o assunto. Queremos propor temas que sejam geradores de debate”, explica Diane.

Morrendo em Abundância
Documentário, 51min, 2008
Direção de Yorgos Avgeropoulos
Sinopse:
Um punhado de companhias multinacionais arranjou uma forma de controlar o “coração” dos alimentos que nós colocamos na mesa todos os dias: as próprias sementes e, portanto, a produção agrícola global. Corretoras do mundo desenvolvido fazem especulações em negócios relacionados a alimentos, aumentando e abaixando os preços, jogando com o direito fundamental de milhões de pessoas de terem acesso à comida. Enquanto isso, quase um bilhão de pessoas no planeta estão subnutridas e 25.000 morrem de fome a cada dia.

Há a possibilidade de a Terra não ser mais capaz de alimentar sua população? A evidência prova o contrário! A crise dos alimentos que ficará na história ocorre num momento em que o planeta está produzindo mais comida do que nunca. “Morrendo em Abundância” revela o Absurdo ante os nossos olhos, as interconexões de um sistema pelo qual, enquanto há comida suficiente, ela é tão cara que os pobres não podem pagar.