Ir direto para menu de acessibilidade.
Portal do Governo Brasileiro
Portuguese Portuguese
pt Portugueseen Englishes Spanish
Página inicial > Planaltina > Como desenvolver o potencial dos filhos
Início do conteúdo da página

Como desenvolver o potencial dos filhos

Criado: Terça, 15 de Setembro de 2020, 16h00 | Publicado: Terça, 15 de Setembro de 2020, 17h46 | Última atualização em Terça, 15 de Setembro de 2020, 17h46 | Acessos: 1238

 Você sabia que o suporte familiar tem impacto na aprendizagem dos filhos? Imagino que sim; mas vamos conversar um pouco sobre isso.

Como pais, desejamos o melhor para os nossos filhos e nos afligimos quando não conseguimos. Todas as atitudes parentais utilizadas na nossa rotina familiar, além de educar, também ensinam aos filhos como socializar-se e os ajudam a desenvolverem a comunicação e a afetividade. Nesse sentido, as formas de interações dos pais com seus filhos podem gerar comportamentos socialmente adequados, mas podem promover, também, o desenvolvimento de comportamentos socialmente inadequados.

O que classifica uma prática como positiva ou negativa?  É o fato de gerarem comportamentos pró-sociais ou antissociais. Em outras palavras, o que define uma prática em positiva ou negativa é se ela estimula um desenvolvimento humano saudável ou disfuncional.

A combinação final das práticas parentais pode chegar até a quatro níveis de Estilo Parental.

Pais com estilo autoritário costumam estabelecer muitas regras e limites para seus filhos. Controlam e avaliam o comportamento das crianças a partir de regras consideradas absolutas. Além disso, o estilo autoritário é marcado pelo uso exacerbado de medidas punitivas, como castigos e correções verbais ou físicas. Pais com esse estilo, geralmente, oferecem pouco afeto e não valorizam a comunicação com as crianças.

Esse tipo de relação pode promover hostilidade e submissão, prejudicando o desenvolvimento da autonomia e independência. Pessoas criadas a partir desse modelo tendem a evidenciar alto desempenho acadêmico, entretanto costumam apresentar, também, altos índices de ansiedade, depressão, medo e insegurança nas relações sociais. E esses sentimentos em algum momento vão prejudicar a inserção profissional e social dos adolescentes.

Muitas regras + pouco afeto e diálogo = Estilo parental autoritário

 

No estilo negligente, os pais demonstram pouco envolvimento com a socialização dos filhos. Eles são pouco afetivos e tendem a manter seus filhos a distância. Além disso, não monitoram o comportamento das crianças e respondem apenas às necessidades básicas delas, como alimentação e higiene. Entre os quatro estilos parentais existentes, filhos de pais negligentes tendem a desenvolver menor competência social e mais problemas de agressividade e assertividade. Para não estabelecer relações afetivas, o tempo é sempre utilizado como argumento para o nosso cansaço. Devemos nos perguntar: Como utilizar o tempo que eu tenho, aquele real, para fazer da relação com o meu filho algo significativo?

Pouca regra + pouco afeto= Estilo parental negligente

 

Pais com o estilo permissivo geralmente estabelecem poucas regras e limites às crianças. Não costumam demandar responsabilidade e maturidade dos filhos e raramente aplicam punições em comportamentos ditos inadequados. São comunicativos e receptivos, mas permitem que a criança monitore seu próprio comportamento; tendem a satisfazer todos os pedidos e demandas dos filhos. Ainda pensando no cansaço e falta de tempo, é comum sentirmos culpa por não sermos o tipo de pais que gostaríamos. Aí entram as compensações, como a “ vista grossa” àquilo que é desagradável, ou, já que temos pouco tempo juntos, por que não aproveitar com coisas mais legais que castigo e regras? Aqui o desafio é pensar que as regras são um ato de amor e respeito pelo desenvolvimento dos nossos filhos.

Pouca regra+ muito afeto = Estilo parental permissivo

 

O estilo amoroso e participativo é caracterizado por pais que possuem altas expectativas em relação ao desenvolvimento de responsabilidade e maturidade dos filhos. Eles costumam monitorar a conduta das crianças, estabelecem regras claras, corrigem comportamentos considerados errados e gratificam atitudes positivas de seus filhos. Apesar de serem muito exigentes, também são afetuosos, abertos ao diálogo e encorajam a autonomia dos filhos.

Muita atenção + regras claras + afeto= Estilo parental democrático e amoroso

 

Veja, não se trata de não ter regras, mas de aliar as regras a um comportamento amoroso, que reconhece o esforço e desenvolvimento dos filhos. Precisamos resgatar aqueles contatos significativos que não dizem respeito ao consumo de bens materiais, mas de relações amorosas com desenvolvimento de maturidade.

Neste contexto de ensino remoto, as famílias precisam estar unidas para estimular os adolescentes, e esse estilo precisa estar aliado a uma atitude parental amorosa e democrática, que ajude os filhos a reconhecerem limites e normas e os gratifique com respeito e amor quando alcançam aquilo que for possível.

Quer algumas dicas?

  • Pergunte ao seu filho como estão as aulas. Como ele se sente nesse momento. Ajude-o a enxergar formas de lidar com os desafios do momento.
  • Tente se lembrar das dificuldades por que passou quando era adolescente. Mesmo que não sejam as mesmas, tente pensar no que desejaria ter recebido dos seus pais nesses momentos difíceis. Isso ajuda a lembrar que o importante é o carinho, amor, atenção que passamos nas nossas relações.
  • Incentive-o a buscar ajudar. Ninguém precisa resolver sozinho os problemas. Podemos contar com apoio da família, amigos e pessoas de referência. Se a sua dificuldade é escolar, incentive-o a buscar ajuda na CDAE. Temos uma equipe multiprofissional para ajudar.
  • Ajude-o a fazer um calendário de atividades. São muitas coisas acontecendo ao mesmo tempo, mas ter horário para tudo ajuda muito. Incentive-o a seguir os combinados e mostre quanto isso é importante para alcançar o objetivo final.
  • Procure a equipe do campus para saber sobre o desenvolvimento do seu filho. Temos um grupo de WhatsApp também para passar essas informações de forma mais rápida. 

 

Lorena Silva Costa - psicóloga escolar/Campus Planaltina

Fim do conteúdo da página