Agrotécnicos fazem arte e ganham prêmio
Os alunos do Ensino Médio Integrado em Agropecuária do Campus Planaltina Géssika da Silva Lemos e José Denilson de Souza foram selecionados entre os mais de 5.000 trabalhos produzidos na Oficina de Arte do Espaço Ecco, que ensinou técnicas de pintura, desenho, texto, colagem, confecção de latinha, e estêncil. Dos inscritos, foram selecionados apenas 75 trabalhos, os melhores de cada uma das técnicas ensinadas. As obras premiadas estão expostas na Galeria Teatro, de terça a domingo, das 9h às 19h, entrada franca. O endereço é: SCN Qd.3 Bl. C Loja 05 – Asa Norte.
Os trabalhos dos alunos de Planaltina foram realizados durante uma oficina no Espaço Ecco, que contou, ainda, com uma exposição coletiva – “ARTE RADICAL” –, realizada entre 16 de fevereiro e 16 de maio de 2012. A mostra, que reuniu obras de 43 artistas urbanos, permitiu a interação da arte urbana com esportes radicais (skate, patins e bike), unindo atletas e artistas em ação, no espaço museológico. O evento recebeu mais de dez mil visitantes, inclusive de escolas, grupos comunitários, instituições, imprensa, atletas campeões e público em geral.
Incentivo – A professora de Artes Plásticas do campus, Lucilene Alves, foi a incentivadora de Géssika e de José Denilson. Participante do II Fórum Mundial do Ensino Profissional e Tecnológico, ela foi representada pela também professora de Planaltina Alessandra Mendes. Para Géssika, a premiação ”é mais um estímulo para eu acreditar em meu potencial”. Ela é moradora do Núcleo Rural Taquara, e teve os primeiros contatos com a Arte durante o ensino fundamental, no Núcleo Pipiripau, com a professora Eliete. “A arte é um hobby para mim; sempre gostei de desenhar, em especial, a natureza”, comenta.
José Denilson é morador do acampamento indígena que se localiza próximo ao Noroeste, no Plano Piloto, e era grafiteiro no Fundamental, cursado no Centro Escolar número 07, do GDF, na Asa Norte. “Eu e os meus colegas fazíamos vaquinha para comprar spray e grafitar os muros da escola, após autorização da direção. Era mais por distração, pois não tínhamos idade para trabalhar e não queríamos ficar de bobeira nas ruas. Aí a gente fazia arte”, comenta, com naturalidade. Para ele, a oficina de arte foi uma “oportunidade única. Acho que todo adolescente, após os 12 anos, merece a chance de expressar a arte que tem”.
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