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Professores do Benim virão ao IFB conhecer experiências em Agroecologia e Cooperativismo

Criado: Quarta, 20 de Fevereiro de 2013, 17h08 | Publicado: Quarta, 20 de Fevereiro de 2013, 17h08 | Última atualização em Quinta, 05 de Dezembro de 2013, 10h22 | Acessos: 1534

Estudantes beninenses são professores de escolas agrícolas do Benim

Deve terminar neste ano o curso de Especialização em Agroecologia e Cooperativismo que professores do Instituto Federal de Brasília (IFB) e da Bahia estão ministrando em Benim, na África, para professores das seis escolas agrícolas daquele país. Como parte do curso, professores do Benin devem visitar o Brasil em maio, quando conhecerão experiências brasileiras. No IFB, o curso está sendo ministrado pelos professores do Campus Planaltina.


O curso é dividido em seis módulos, dos quais quatro já foram ministrados pelos professores brasileiros que visitaram o Benim. “Cada equipe fica lá por duas semanas. Depois, outros professores são enviados para ministrar outras disciplinas”, explica a coordenadora do curso, Vânia Costa Pimentel, servidora do Campus Planaltina.


Antes do início do curso, os brasileiros visitaram Benim para conhecer a realidade do país e, a partir daí, propor a grade curricular. Nas aulas, os professores também buscam aliar teoria e prática. Este foi um dos pontos destacados na avaliação feita pelos beninenses.


Realidade local


“Gostamos da abordagem interativa durante o andamento dos módulos obrigando os participantes beninenses a participar ativamente e promovendo de fato a aprendizagem”, escreveram os estudantes na avaliação encaminhada para o Brasil, em que destacaram o fato de os temas abordados se adequarem à realidade local e de os formadores brasileiros estarem sempre abertos ao debate e à contradição.


Os professores do IFB que vão para Benim trabalham o conteúdo a partir dos problemas locais. “Visitamos, por exemplo, fábricas de óleo de dendê e de reciclagem de sacolas de lixo e, a partir daí, buscamos soluções junto com os alunos”, explica a coordenadora.


Desenvolvimento social


Como resultado do curso, os alunos deverão apresentar um projeto de uma incubadora de cooperativa. “Além disso, devem ser produzidos artigos sobre a experiência, tanto da nossa parte, como da dos beninenses”, avalia o professor Vicente Borges, do Campus Planaltina, que já ministrou dois módulos em Benim, sendo que um deles terminou recentemente.


Na avaliação feita pelos alunos, é ressaltado o fato de o curso ser voltado para o desenvolvimento sustentável do país, com inclusão social. “As capacitações dadas pelos países do Norte fazem a promoção da economia liberal, levando a uma forte degradação dos recursos naturais. O curso brasileiro mostra que podemos nos tornar defensores de uma economia solidária e de uma  agricultura mais ecológica”, afirmam.


Apesar das dificuldades, principalmente linguísticas, já que o francês é a língua oficial do Benim, Borges avalia como positiva a experiência. “Há uma responsabilidade muito grande, pois há um interesse político em jogo”, avalia. “Sem contar que temos de trabalhar com base em uma construção teórica intercultural”, completa.


O curso é resultado de uma parceria entre a Secretaria de Educação Profissional e Tecnológica do Ministério da Educação (Setec/MEC), a Agência Brasileira de Cooperação (ABC) e os Institutos Federais de Brasília e da Bahia. As aulas começaram em dezembro de 2011, com prazo para terminar em 18 meses.

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