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Campus Planaltina sedia Encontro Nacional de Capoeira

Criado: Terça, 20 de Agosto de 2013, 14h34 | Publicado: Terça, 20 de Agosto de 2013, 14h34 | Última atualização em Quinta, 05 de Dezembro de 2013, 10h22 | Acessos: 2225

 

O Campus Planaltina do Instituto Federal de Brasília (IFB) foi sede, no último final de semana, do Primeiro Encontro de Capoeira Odara.

 

Organizado pelo Mestre Gárclei, o evento nacional reuniu capoeiristas da Bahia, Goiás, Rio de Janeiro, Mato Grosso, Minas Gerais e Distrito Federal e ainda teve um participante internacional do Equador.

 

Nos três dias do evento, realizado no auditório da unidade, os amantes da capoeira tiveram a honra e o privilégio de ter a presença do mestre Zulu, um dos precursores da capoeira em Brasília, reconhecido nacional e internacionalmente como uma das maiores autoridades da capoeira.

 

Mestre Zulu, aos 67 anos, 47 deles dedicados à capoeira, retornou ao local onde começou a dar aulas em 1972, quando o Campus Planaltina do IFB era conhecido como Colégio Agrícola de Brasília. “É uma sensação muito boa continuar militando na capoeira há tantos anos e voltar ao lugar onde comecei a ensinar. São lembranças muito fortes e especiais do grupo Beribazu, que criei. As três primeiras grandes rodas de capoeira aconteceram aqui”, rememorou Zulu.

 

Durante o encontro, mestre Zulu participou, com uma vitalidade impressionante, das rodas, liderou a oficina de maculelê para o grande número de participantes, proferiu palestra sobre o Ideário de Capoeira – publicação esgotada sobre o esporte – e ainda administrou a emoção ao ser homenageado pelo grupo que o tem como referência. “Se a nata da capoeira é aqui, é por causa do Mestre Zulu. É uma honra vê-lo tão ativo. É uma pessoa com uma energia inexplicável”, analisou o Mestre Cana Brava, do Rio Janeiro. “Encontrei um sentido, uma direção na vida, graças à capoeira, que é uma filosofia de vida".

 

A capoeira ensinada no auditório e no pátio do refeitório do antigo Colégio Agrícola formou cidadãos e capoeiristas de diferentes décadas que se conheceram por causa da capoeira, do Grupo Beribazu. Eles se reencontraram no local onde moraram ou estudaram. Orli  formou-se no curso Técnico em Agropecuária, nos anos 70. “Voltar neste lugar é um resgate de boas lembranças e da capoeira contemporânea que aprendi aqui com o mestre Zulu”, afirmou Orli.

 

Orli, 64 anos, é amigo de Fábio, ex-morador do antigo Colégio Agrícola nos anos 80, que se emocionou ao voltar a lutar capoeira no local familiar. “Passa um filme da minha infância. Ao fazer cada movimento eu me arrepiava ao lembrar dos meus amigos, Dudu, Régis, Gárclei, Cacá, Abimar. Me sinto em casa de novo”, contou.

 

A grandeza e representatividade do encontro, que foi registrado e deve virar DVD, trouxe do Equador José Francisco Lúcio, que no penúltimo dia do evento, finalizado com um bem preparado luau, com direito a música ao vivo, quis avaliar a experiência. “Foi muito bom. Uma energia fantástica, infinitamente boa no jogo, cursos, palestras. No Equador a capoeira só tem 20 anos; aqui adquiri o conhecimento de décadas”, concluiu José Francisco.

 

No último dia do encontro, o organizador e Mestre Gárclei, filho do mestre Zulu e sargento do Corpo de Bombeiros, realizou uma oficina de Primeiros Socorros e o batizado e Graduação de 94 capoeiristas de todas as idades – de crianças até a terceira idade. “Foi um encontro inesquecível, com participação internacional. O resgate de um ponto importante do início da capoeira em Brasília e um retorno as minhas origens, reencontrando amigos de várias décadas, no lugar onde eu cresci e comecei a lutar capoeira.", analisou Gárclei.

 

De acordo com o diretor-geral do Campus Planaltina, Walter Antônio Rodrigues, o legado da capoeira passado do Mestre Zulu para o filho Gárclei deve ganhar espaço no instituto. “Estamos firmando um convênio, uma parceria, abrindo o campus para o Mestre Gárclei dar aulas de capoeira para pelo menos 20 alunos, três vezes por semana. Em breve, as instalações estarão à disposição”, revela Walter.

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