"Isso aqui é uma aula a céu aberto, professora!"

 “A expressão 'Isso aqui é uma aula a céu aberto, professora!', de um estudante, desperta para a importância de saídas dos muros da escola para um aprendizado mais significativo”. São com essas palavras que a professora Carmem Lúcia Costa resume a importância da visita à Chapada dos Veadeiros, realizada no último final de semana com estudantes do primeiro período de Licenciatura em Biologia e do segundo período de Tecnologia em Agroecologia do Campus Planaltina. 

Além de Carmem, a atividade também foi organizada pelas professoras Marina Neves Delgado, Paula Petracco e Diane Fiamoncini, como parte das disciplinas de Biologia Vegetal, Ecologia I, Educação Ambiental e Bioma Cerrado, ministradas por elas.

Para as professoras, o momento foi uma bonita troca de saberes, desde a trabalhosa organização até a efetiva realização do roteiro que incluiu visita à feira dos produtores agroecológicos e à IV Feira de Sementes e Mudas da Chapada dos Veadeiros, em Alto Paraíso de Goiás, no sábado. 

Já no domingo, os estudantes desenvolveram estudos sobre o Cerrado na área do Parque Nacional da Chapada dos Veadeiros, com o acompanhamento de três guias credenciados pelo Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), para aprofundar aspectos ecológicos, sociais e culturais.

“Agradecemos à chefia do Parque Nacional da Chapada dos Veadeiros por disponibilizar uma caminhonete e um guia para conduzir o estudante cadeirante às atividades de estudo dentro da área do parque e à direção do Campus Planaltina”, agradece as professoras.

O grupo de docentes destacam alguns aprendizados como refeição coletiva no camping que, com a participação e interação entre professoras e alunos dos dois cursos, mostrou que apesar das dificuldades é possível fazer uma viagem com pouco recurso; a presença de um estudante cadeirante, que, contando com o carinho e atenção permanente do grupo, pode aproveitar os momentos de alegria e estudo, certificando-nos das potencialidades da educação inclusiva; e a força que a agroecologia vem ganhando no país, quando se vê o despojamento daqueles agricultores rurais em trocar sementes e conhecimento, acreditando que é possível um novo modo de viver a agricultura no país.