Produção de 1 milhão de mudas nativas do cerrado é comemorado no Campus Planaltina

Uma muda de pequizeiro de 35 centímetros foi o centro das atenções do evento ocorrido na manhã de sábado, 21 de março, no Campus Planaltina do Instituto Federal de Brasília (IFB). A futura árvore representava, naquele momento, todas as outras 999.999 mudas de plantas nativas do cerrado que foram produzidas por meio do projeto Rio São Bartolomeu Vivo nos últimos seis anos.

A atividade foi realizada para oficializar o cumprimento da meta que era atingir essa importante marca em prol da recuperação das áreas degradas ao longo da bacia do rio, um manancial essencial para o abastecimento do Distrito Federal e cidades do entorno. A data foi escolhida para marcar, também, o dia da água, comemorado mundialmente neste domingo, 22.

"Em um momento em que vivemos uma grave crise hídrica em todo o globo terrestre, este projeto vem para contribuir e amenizar o quadro atual. É importante que o IFB faça parte desta corrente de forças em prol de um mundo melhor, afinal esta também é uma das missões dos Institutos Federais", explica o reitor do IFB, Wilson Conciani, que esteve presente no evento junto com a diretora do Campus Planaltina, Edilene Marchi, professores e alunos da unidade.

O projeto - uma parceria entre diversas entidades como Fundação Banco do Brasil, Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), IFB, Rede Terra, Funatura, Ipoema, entre outras - atendeu mais de 5 mil pessoas, direta e indiretamente, de 19 comunidades da região e recuperou 500 hectares de áreas degradadas ao longo da bacia do rio.

No evento, que contou com a presença do secretário do Meio Ambiente André Lima, foi assinada uma portaria que cria um grupo de trabalho – Recupera Cerrado – que como objetivo planejar e buscar os meios para promoção de um seminário e visitas técnicas para alteração da legislação ambiental do DF. Além disso, a portaria visa a construção de um política pública permanente de recuperação de áreas degradadas e revitalização dos mananciais do Distro Federal.

O Viveiro

Outra ação do projeto foi a implantação de três viveiros de mudas nativas, com capacidade de produzir 75 mil mudas por ano, sendo que um deles foi instalado no Campus Planaltina. Além de oferecer as plantas para o projeto, o espaço serve também como laboratório para os alunos da unidade.

“Esse viveiro serve de laboratório para estudantes de todos os cursos – desde o integrado até os superiores. Todos fazem aulas aqui para identificar as sementes, conhecer as plantas e acompanhar as árvores crescendo. Além disso, é uma opção para que os alunos façam estágio e outros vão se engajando tanto no projeto que já conseguem inserção no mercado de trabalho por meio dele”, explica o professor do Campus Planaltina Igor Oliveira.
Além do viveiro em funcionamento no IFB, o projeto possui outros dois espaços: um localizado em São Sebastião-DF e outro em Cristalina-GO.