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Com dados do Enade, pesquisadora do IFB afirma que houve aumento do número de estudantes de menor renda e não brancos em curso de pedagogia

Criado: Segunda, 14 de Dezembro de 2015, 18h06 | Publicado: Segunda, 14 de Dezembro de 2015, 18h06 | Última atualização em Segunda, 14 de Dezembro de 2015, 18h07 | Acessos: 1965

Pesquisa da Professora Doutora Simone Braz Ferreira Gontijo, apresentada no 5º Fórum da Gestão do Ensino Superior nos Países e Regiões de Língua Portuguesa (FORGES), aponta que o número de estudantes de menor renda e não brancos aumentou em cursos de Pedagogia. O resultado da pesquisa foi divulgado no mês de novembro em evento na Universidade de Coimbra, em Portugal. 

A pesquisadora, que é coordenadora do Curso de Licenciatura em Letras – Habilitação Espanhol, do Campus Taguatinga Centro, usou os dados do Exame Nacional de Desempenho dos Estudantes (ENADE) dos anos de 2005, 2008 e 2011. Simone utilizou informações de uma instituição privada específica que oferta o curso de pedagogia no Distrito Federal.

No artigo científico, a professora afirma que “a análise propicia visualizar que, quanto à cor/raça, no Enade 2005, o maior percentual de estudantes se declarou branco e nos ciclos de 2008 e 2011 a maioria foi de declarados pardos”. Em 2005, 61% dos estudantes se declararam brancos, já em 2011, 64,3% se declararam pardos.

Quanto aos rendimentos, a pesquisadora afirma que “a faixa de renda familiar teve suas alternativas alteradas no questionário do Enade 2011 no qual as médias mais altas foram dos estudantes que declararam uma renda menor que nos ciclos anteriores”. De modo geral, ao contrário do que poderia sugerir o senso comum, os estudantes que tem menor renda conseguiram melhores resultados que os estudantes de maior renda.

Mais trabalhadores no curso
A pesquisa apontou, também, que o número de trabalhadores aumentou nesse curso de pedagogia. Os alunos que estudam e trabalham são responsáveis pelo sustento de suas famílias. Apesar da dupla jornada, as notas no ENADE aumentaram.

Conclusões da pesquisadora
Para a professora Simone, mesmo os dados apontando maior número de não brancos, de estudantes de menor renda e de trabalhadores e ocorrendo paralelamente o aumento das notas do ENADE, não é possível concluir que uma questão se relaciona diretamente à outra. As notas do ENADE podem ter tido aumento por outros motivos. Entretanto, ficou claro, que a entrada de novos grupos étnicos de classe sociais diferentes, não causou a diminuição as notas no Exame investigado.

Entre as questões que melhoram o ENADE, a pesquisa indica que houve um aprimoramento na elaboração das questões da prova o que minimizou as dificuldades de resolução.

A divulgação do trabalho foi financiada pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Distrito Federal (FAP-DF).

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