Estudantes do Curso de Licenciatura em Letras realizam segunda parte do Projeto Linguagens Urbanas
Os estudantes do Curso de Licenciatura em Letras – Habilitação Espanhol, do Campus Taguatinga Centro, realizaram, na quinta-feira, 05 de maio, a segunda parte do Projeto Explorando as Linguagens Urbanas sob coordenação do professor Gecyclan Rodrigues Santana.
O grupo de estudantes – todos da componente disciplinar Introdução aos Estudos da Linguagem do 1° Período – se deslocaram do campus para o Plano Piloto onde observaram as linguagens urbanas presentes nos espaços da Rodoviária e da Torre de TV.
De acordo com o professor que coordenou a atividade, a primeira etapa do projeto foi realizada em 2015 e procurou observar linguagens visuais como grafites e pichações. Foi o momento de olhar para as paredes. Nessa segunda parte o que se buscou vou uma percepção dos sons, dos gestos, das pessoas e, também, dos lugares, por meio da arquitetura.
“Um gesto de carinho pode despertar em alguém a vontade de voltar para casa. Uma situação de abandono pode despertar um gesto de acolhimento. Um protesto pode despertar um olhar mais crítico em relação à realidade”, essa é a avaliação de Gecyclan em relação às muitas possibilidades que as linguagens urbanas podem gerar.
Estudantes
Ao final da visita técnica ao Plano Piloto, o professor avaliou que o objetivo de despertar nos estudantes a sensibilidade para as várias linguagens urbanas foi atingido. “Senti neles uma curiosidade, um engajamento. A cidade às vezes está gritando, a gente vê ali na Rodoviária um verdadeiro ‘hotel’ com pessoas dormindo no chão. Nós queremos que o nosso aluno entenda tudo isso”, afirmou o professor.
Ele observou ainda que o Supremo Tribunal Federal (STF) tem uma cerca, o Palácio do Planalto tem um fosso como os palácios medievais. Isso tudo, diz o professor, “serve para afastar as pessoas, quebra a harmonia que deveria existir entre os poderes e a cidade e é uma forma de linguagem”.
Um milhão de vidas
Um dos pontos visitados pelos alunos do IFB foi a Rodoviária do Plano Piloto por onde circulam cerca de 1 milhão de pessoas por dia. Moradores de todas as cidades do Distrito Federal e cidades do Entorno passam pelo espaço disputando o metro quadrado com vendedores ambulantes, pessoas em situação de rua que dormem pelo chão, servidores públicos que tentam manter a ordem no lugar e manifestantes.
A disputa ocorre no grito. Pastores, manifestantes e vendedores tentam convencer os brasilienses a lhes darem ouvidos. No dia da visita dos estudantes do IFB, integrantes do movimento estudantil secundarista organizavam um protesto contra as mudanças no sistema de venda de passagens do Passe Livre. A sede do DFTrans estava ocupada pelos manifestantes que recolhiam assinaturas em um abaixo-assinado contra medidas tomadas pelo governo do Distrito Federal.
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