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Cultura Hip Hop e Projeto Linguagens Urbanas II entusiasmam debates no Campus Taguatinga Centro

Criado: Segunda, 23 de Mai de 2016, 16h23 | Publicado: Segunda, 23 de Mai de 2016, 16h23 | Última atualização em Sexta, 03 de Junho de 2016, 10h53 | Acessos: 2314

Debates acalorados fizeram parte do último dia da V Semana de Ciência, Arte e Cultura do Campus Taguatinga Centro, que ocorreu na quinta-feira, 19 de maio. Com a presença das MC Vera Verônica, MC Layla Moreno, da grafiteira Juliana Borges e da mestranda do Programa de Pós-graduação em História da Universidade de Brasília Eliane Cristina Brito, as discussões renderam muita reflexão, réplicas e tréplicas nas afirmações de estudantes e palestrantes.

Os debates fizeram parte do Projeto Linguagens Urbanas II, organizado pelo professor Gecyclan Rodrigues Santana. Durante toda a atividade, o trabalho realizado pelos estudantes do Curso de Licenciatura em Letras – Habilitação Espanhol, foi exposto no auditório improvisado no subsolo do prédio onde está localizado o Campus Taguatinga Centro.

 

Quadrinhos, Graffiti, Rap e Cinema

Além da exposição permanente, as atividades do Projeto Linguagens Urbanas II trouxe para o Instituto Federal de Brasília as discussões sobre a elaboração de quadrinhos, o pensamento dos grafiteiros, o rap e o cinema. Este último veio por meio dos filmes de curta-metragem produzidos pelos estudantes do campus. Parte das discussões girou em torno das ações promovidas por grafiteiros e possíveis conflitos entre essas ações de intervenção artística e a manutenção do patrimônio arquitetônico de Brasília. 

A professora Jane Christina Pereira afirmou que as atividades foram “incríveis”. “Foi uma atividade que conectou todo mundo com o sentido entre vida e educação porque ali todas as MCs eram mulheres inteligentes, autônomas empoderadas, acadêmicas, destronando aquele estereótipo de que o rap é uma cultura marginal. Quebra todo o senso comum e faz jus à proposta do Instituto de integrar ensino, pesquisa e extensão”, avalia a docente.

 

Além da escrita

Para a professora Juliana Harumi, da Licenciatura em Letras – Habilitação Espanhol, a sociedade é muito focada no grafo-centrismo, ou seja, na comunicação escrita. O convite às rappers e grafiteiras permitiu ampliar para os estudantes as possibilidades da linguagem.

“O motivo dos convites foi trabalhar outras manifestações da linguagem porque a sociedade é muito focada no grafo-centrismo e foi possível tratar de outras formas de expressão. Nas palestras, se trabalhou com as questões estética, ética e política”, explica Juliana.

A professora lembra que também esteve presente como palestrante a mestranda do Programa de Pós-Graduação em Literatura da UnB Anne Caroline Quiangala, que "brindou o público com uma instigante palestra que abordou de forma crítica a presença de heróis e heroínas negros nos universo das histórias em quadrinhos".

As palestras que, segundo o professor Gecyclan, "representaram um verdadeiro exercício de opinião crítica acerca dos temas abordados" e os filmes curta-metragem produzidos, foram organizadas pela professora Juliana Harumi.

 

A rapper

O professor Gecyclan cita a biografia da MC Vera Veronika e lembra que ela foi a primeira rapper do Distrito Federal, militante do movimento cultural hip hop desde o ano de 1992, integrou um grupo de axé-music no grupo familiar Bologum Ominirá, com o qual se apresentava regularmente na Candangolândia, onde conheceu o rapper Dino Black.

Por volta do ano de 1992 começou a cantar rap, integrando o grupo Missionárias, ao lado das também rapperes Márcia e Débora, ainda na cidade de Valparaíso. Logo depois, conheceu o DJ Chokolaty, com quem passou a trabalhar em apresentações solo. Em 2003 gravou o primeiro CD "Vera Verônika Canta MPB-Rap: Música para o povo brasileiro em ritmo e poesia".

Em 2012 finalizou o CD "Vera Veronika 20 anos", com participações na produção (musical, artística e executiva) de Eddie Blue, Paula Dias, Jackson do Baixo, Junior Cabeleira, DJ Chokolaty, Ariel Halley, Broder e Duke Jay, (ambos do grupo Tribo da Periferia), além de Alisson e Higor, ambos do grupo Ataque Beliz. 

O disco também contou com participações especiais de DJ Chokolaty, Banda 10Zero4, Janine Matias, Ellen Oléria, Afroragga, Luciana Oliveira, Kiko Santana, Renata Jambeiro e os também rapperes Nego Dé e Rapadura, este último fazendo com a anfitriã uma homenagem ao Trio Siridó, primeiro grupo de música nordestina do DF.

Matéria atualizada em 06 de junho de 2016

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