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Estudantes de Letras Espanhol apresentam trabalho no 38º ENDIPE

Criado: Quarta, 31 de Agosto de 2016, 10h37 | Publicado: Quarta, 31 de Agosto de 2016, 10h37 | Última atualização em Quarta, 31 de Agosto de 2016, 10h44 | Acessos: 2649

Quatro estudantes do Curso de Letras – Habilitação Espanhol do Campus Taguatinga Centro participaram, entre os dias 23 a 26 de agosto, do 38º Encontro Nacional de Didáticas e Práticas de Ensino (ENDIPE), realizado em Cuiabá, na Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT).

 

Primeiro artigo

Beatriz Oliveira e Mariana Fortunato apresentaram a pesquisa intitulada “Precarização do Trabalho Docente: estudo das condições de trabalho docente em duas escolas do Distrito Federal”. O artigo apresentado foi elaborado pelas estudantes em parceria com a coordenadora do Curso de Letras, professora Simone Braz Ferreira Gontijo.

No artigo, as pesquisadoras apresentaram uma “análise sobre a precarização do trabalho escolar expressa na falta de estrutura física e recursos disponíveis na escola”. De acordo com elas, “na escola o professor está exposto a diversas situações que podem afetar de forma negativa sua atuação, dentre elas a estrutura física e a quantidade de alunos por turma”.

O que as estudantes e a professora do IFB buscaram foi analisar a percepção dos docentes acerca de suas condições de trabalho em função da estrutura física e recursos da escola. Eles também tinham como meta identificar e analisar a adequação dos espaços e equipamentos disponibilizados pela escola para utilização dos docentes.

 

Como a pesquisa foi realizada?

A pesquisa foi realizada em duas unidades escolares públicas de ensino fundamental I e II do Distrito Federal. Professores, coordenadores e vice-diretores de ambas as unidades foram entrevistados acerca da estrutura, conteúdo e desenvolvimento da escola com os recursos disponíveis.

A primeira escola analisada está situada na Asa Norte e atende a 420 alunos dos anos finais (6º ao 9º ano). O espaço físico é composto por oito salas de aula e tem uma sala especial, uma da direção, outra da supervisão, da secretaria, da coordenação, do laboratório de informática, sala de orientação educacional, biblioteca e pátio. Não existe área de lazer. A escola conta com projetores, datashow, televisão, computadores, tênis de mesa, aero rock e pebolim.

A segunda escola está situada em Sobradinho e atende a 600 alunos do 2º ao 5º ano do Ensino Fundamental. O espaço físico possui 11 salas de aula, sala de informática, videoteca, direção, secretaria, sala de coordenação, quadra de esportes, pátio de lazer e parquinho com brinquedos. 

 

Como está a precarização do trabalho dos professores no Distrito Federal

Na escola da Asa Norte o principal problema é a estrutura física. Mesmo apresentando um bom estado de conservação, falta espaço e são poucas salas. Os docentes reclamam da falta de espaços para o desenvolvimento de atividades com os alunos já que, por ser uma escola pequena e sem uma quadra de esportes, as atividades precisam ser “cuidadosamente” planejadas. As salas de aula são pequenas para comportar os alunos.

Na escola de anos iniciais situada na cidade de Sobradinho a estrutura física está em bom estado de conservação. A escola é arejada e possui muitas árvores e locais de lazer. Durante o período de calor são acionados umidificadores de ar. O problema identificado pelas pesquisadoras foi o número excessivo de alunos por sala. A instituição atende crianças de seis a dez anos, sendo que algumas possuem necessidades educacionais especiais.

Os alunos com necessidades especiais atendidos pela escola não possuem uma sala de recursos que seja apropriada ao desenvolvimento de habilidades que se tornam necessárias para o aprendizado esperado.

 

As pesquisadoras do IFB recomendaram

A pesquisa constatou que as escolas apresentam problemas semelhantes: falta de estrutura física, suporte didático, material didático e dificuldades na convivência com os alunos em sala de aula.

Uma das consequências dessa situação, aponta a pesquisa, é que docentes acabam por se afastar das atividades pedagógicas por problemas de saúde cada vez mais frequentes. As estudantes do IFB concluíram e recomendam que “é preciso apoio governamental para reformar o espaço físico, mudanças na estratégia de matrícula que proporcione a redução do número de alunos por turma e apoio pedagógico nos horários destinados a coordenação”.

 

Segundo artigo

Susana Senna e Tayanne Oliveira apresentaram o trabalho intitulado “A Inclusão Digital na Escola de Educação Infantil e Ensino Fundamental: o caso das escolas de Samambaia-DF”. Este segundo artigo também foi elaborado pelas estudantes em parceria com a coordenadora do Curso de Letras, professora Simone Braz Ferreira Gontijo.

No trabalho, as pesquisadoras investigaram como a escola pública tem inserido os estudantes da educação infantil e do ensino fundamental nos meios tecnológicos de forma a proporcionar-lhes qualidade de vida e acesso à educação.

A pesquisa analisou o ambiente escolar e a forma que são realizadas as atividades voltadas para a inclusão digital. Buscaram identificar quais espaços e quais equipamentos de inclusão digital são disponibilizados pela escola e com que frequência são utilizados.

 

Como a pesquisa foi realizada?

As pesquisadoras visitaram três escolas da rede pública de ensino do Distrito Federal situadas na cidade de Samambaia. Foram feitas entrevistas com gestores e realizou-se um grupo focal com os estudantes.

O grupo de alunos das escolas do Distrito Federal conversaram sobre o que é tecnologia, como se usa a internet para estudar no ambiente escolar, sobre o uso dos celulares em sala de aula e acerca da proibição dos aparelhos eletrônicos em aula.

A primeira escola pesquisada foi um Centro de Ensino Fundamental na região sul de Samambaia. A equipe gestora demonstrou interesse em trazer novos recursos tecnológicos aos alunos. Participaram da pesquisa 28 alunos do 6º ano, com 12 a 14 anos de idade.

A segunda escola foi um Centro de Educação Infantil que oferece ensino regular em período integral, sendo referência em coordenação, equipamentos e monitoria. Por se tratar de educação infantil foi realizada entrevista com os gestores. A terceira escola foi o Centro de Ensino Fundamental na região norte da cidade. Participaram da pesquisa 23 alunos de uma turma do 6º ano.

 

Como está a inclusão digital dos estudantes nas escolas do DF?

Na Escola de Educação Infantil: a diretora acredita que o ensino pode ser melhorado com as ferramentas tecnológicas, pois os alunos já estão inseridos na era digital. Para as pesquisadoras, isso significa que é indispensável motivar e educar. A escola possui uma sala com computadores e “o uso das tecnologias é proporcional à idade das crianças entre três e cinco anos”. 

Na Escola de Ensino Fundamental de Samambaia Norte: a vice-diretora relatou que, para haver  inclusão digital nas escolas  é preciso capacitar os profissionais da área de educação. Ela apontou ainda que na escola tem sala de informática e vídeo, contudo os professores mais antigos tem resistência em utilizar esses recursos.  Também não há investimento adequado em equipamentos.  

Na Escola de Ensino Fundamental de Samambaia Sul - o vice-diretor afirmou que falta aos estudantes discernimento para usar os recursos oferecidos pela escola.  Ele contou que além de ser disponibilizada a sala de informática para pesquisas, o espaço é usado para acesso a pornografia. Isso impediria a utilização dos computadores de forma cotidiana pelos alunos. Para as pesquisadoras do IFB, situações como essas acontecem pela falta de familiaridade dos alunos com a utilização dos recursos tecnológicos para fins acadêmicos.

 

As nossas pesquisadoras recomendaram

Para as estudantes do IFB, os dados apontam que a inclusão digital deve ser ampliada e trabalhada, pois a motivação faz parte do contexto do acesso à informação. Ela é um dos elementos que conduz o indivíduo a buscar o conhecimento.

Portanto, segundo as estudantes do IFB, não adianta disponibilizar os recursos tecnológicos se não houver a motivação. A pesquisa aponta que nas escolas investigadas a inclusão digital dos estudantes é realizada de forma precária. Apesar de haver espaços e equipamentos os mesmos nem sempre são disponibilizados pela escola aos estudantes e quando são a frequência de sua utilização é esporádica. Além disso, os alunos pouco acessam a internet para fins acadêmicos.

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