Grupo de Pesquisa e Extensão do IFB lança Coletivo AVÁ no Recanto das Emas
Extensão universitária, extensão acadêmica ou extensão tecnológica são atividades de uma universidade ou Instituto Federal que buscam levar as pesquisas e a produção que ocorre dentro do Instituto Federal para a comunidade que está ao seu redor. O objetivo maior do IFB é produzir pesquisa e tecnologia para atender as cidades onde a escola se encontra. No último sábado, 1º de julho, o Campus Taguatinga Centro deu mais um passo para fora de suas paredes.
O Grupo de Pesquisa e Extensão “Arte, Inovação e Educação”, liderado pela professora Jane Christina Pereira e pela técnica em assuntos educacionais Ana Paula Santiago Seixas Andrade, criou o Coletivo AVÁ. O lançamento da nova forma de organização do grupo ocorreu com um sarau realizado no Espaço Cultural Ubuntu no Recanto das Emas.
De acordo com Ana Paula, a vantagem principal do coletivo sobre o grupo de pesquisa e extensão é que este não tem as amarras da academia. “É uma construção de fato comunitária. Qualquer pessoa que queira fruir artisticamente e esteja interessada na democratização da literatura e do livro pode vir a contribuir com o coletivo. O grupo de pesquisa vai continuar funcionando como uma espécie de incubadora do Coletivo AVÁ, pois será o suporte para estudos, supervisão, readequações das ações do coletivo, além de produzir artigos científicos sobre todo este trabalho”, afirma ela.
A servidora conta que uma das questões que deve melhorar com a nova organização é a oferta de oficinas de Tertúlia Literária Dialógica, escrita criativa, livros artesanais além da produção cultural com a realização de saraus, feiras de literatura independente e outras. Atualmente, o coletivo é formado por servidores, estudantes de graduação e de cursos de Formação Inicial e Continuada do IFB além de pessoas da comunidade externa.
Outro ponto que levou os pesquisadores e extensionistas do Campus Taguatinga Centro a organizar o Coletivo foi a quantidade de voluntários que tem aparecido para trabalhar com a equipe. O grupo é grande e diverso. O Coletivo Avá vai oferecer consultorias e oficinas nas áreas de Tertúlia Literária Dialógica, Escrita Criativa, Livros Artesanais e Produção Cultural.
Festa de Lançamento
Focando na transformação do Campus Taguatinga Centro em Campus Recanto das Emas a festa de lançamento do Coletivo Avá ocorreu no Espaço Cultural Ubuntu na cidade do Recanto das Emas. A nova organização comunitária tem dialogado com os vários grupos culturais da cidade onde se implantará a nova unidade do IFB.
No Sarau “Só o Caroço” se apresentaram vários artistas daquela cidade. Teve poesia, música, roda de conversa e troca de experiências. O encontro serviu para apresentar o Coletivo e o IFB para os moradores do Recanto das Emas. Os servidores do Instituto também tiveram a oportunidade de conhecer e conversar com os moradores que serão os colegas de pesquisa, extensão e ensino da Instituição.
Novas parcerias
As apresentações e diálogos já indicaram novas possibilidades de parcerias entre os grupos organizados da cidade do Recanto das Emas, outras regiões administrativas e o IFB. As conversas iniciais indicam oficinas a serem realizadas no Espaço Cultural Ubuntu, publicações de obras de servidores e estudantes do Instituto, consultorias para projetos da Secretaria da Educação do GDF e a oferta de cursos FICs, na área de atuação do Coletivo.
AVÁ
O nome AVÁ foi inspirado nos Avá-canoeiro, comunidade da região do Distrito Federal e Goiás, que foi quase extinta no genocídio contra os indígenas brasileiros. “O Coletivo rende homenagem e honra este povo, em nome de todos os Xamãs, cujas técnicas de contato com o sagrado ou êxtase para a cura, apresentam uma linguagem, de certo modo precursora, do que conhecemos como poesia”. Assim, segundo, Natália Aniceto, uma das participantes do Coletivo, as palavras que definem o coletivo é: Poesia Cura Vida.
"ocoletivo Avá só aparece agora e depois em qualquer lugar. pisa o chão com a força do céu molhando a terra. tem semente crioula e cara pintada e gente sentada na roda sagrada que pode falar genuíno, baixo, bonito e berrado. liga pra gente jogada fora, faz poesia do lixo. religa mãomentecoração e livros feitos e que grita e medita e olho pra dentro e sol pra fora. não morrem nunca. feridos estamos todos. são poucos, mas são, são, sãos.” Poesia de apresentação do Coletivo Avá.
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