Professora do IFB é premiada com o ensaio fotográfico no Festival Photothings em São Paulo
O ensaio fotográfico “Nhak-krarati”, realizado pela professora de audiovisual e fotografia do IFB Campus Recanto das Emas Daniela Pinheiro, foi um dos cinco selecionados e premiados com a produção de fotolivros autorais, concebido pela produtora Porto de Cultura, responsável pela realização do Festival Photothings. Os fotolivros foram lançados nos dias 4 e 5 de junho, na Feira Photothings, na Unibes Cultural em São Paulo/SP com a presença de alguns fotógrafos premiados.
O Ensaio
O ensaio fotográfico “Nhak-krarati” parte da sua vivência e conexão com a indígena Nhak-krarati da etnia Kayapó Mebêngôkre, durante o 18º Acampamento Terra Livre (ATL) que aconteceu no mês de abril, em Brasília, no ano de 2022.
A relação com a indígena Nhak-krarati se deu por meio de suas expressões artísticas: pela pintura e pela fotografia. Através de sua conexão com a indígena Nhak-krarati, a professora teve a oportunidade de acompanhar as mulheres Kayapó, em um dos atos que fizeram parte da programação do ATL.
Segundo a professora Daniela Pinheiro, naquele momento, estar com a máquina junto a elas proporcionou uma sintonia com o que estava em sua volta: a ancestralidade de nossa terra. Presenciar junto às indígenas Kayapó a manifestação de suas vozes fez com que, segundo a professora Daniela Pinheiro, materializasse o seu ensaio fotográfico “Nhak-krarati”.
Mulheres Kayapó
As mulheres Kayapó são conhecidas no Brasil e no mundo como mulheres guerreiras, valentes que estão sempre na linha de frente nas lutas pela justiça, proteção de seus territórios e na defesa dos direitos individuais e coletivos. Sua casa é a Floresta. Elas moram no sudoeste do estado do Pará e no norte do Mato Grosso, vivendo na área de transição entre o cerrado e a Floresta Amazônia. O destino da marcha foi o Congresso Nacional onde tramitam projetos que violam os direitos dos povos originários.
As imagens materializadas do ensaio “Nhak-krarati”, se constroem a partir da predominância de duas cores, a do urucum através do processo com o anthotype e do preto, com a matriz positiva, representando o jenipapo. Cores que as mulheres indígenas utilizam em sua pele.
A professora vem acompanhando desde setembro de 2021 os indígenas brasileiros e suas manifestações que ocorrem em Brasília/DF. Tendo em mente seu doutorado (UBI, Portugal, 2019-) acompanha os agricultores agroecológicos e as as indígenas Mebêngôkre – Kayapó a fim de desenvolver um filme-ensaio chamado A Terra é o que nos une.
Lançamento e exposição
No dia 05 de junho foi o lançamento do fotolivro “Nhak-krarati” de Daniela Pinheiro na Unibes Cultural em São Paulo-SP.
E no dia 18 de junho a exposição integrou o Festival Cerratense, no Museu Histórico e Artístico de Planaltina (Praça Salviano Monteiro Guimarães), onde segue até o dia 24 de junho.
A professora Daniela Pinheiro irá doar para a biblioteca do IFB Campus Recanto das Emas alguns exemplares do seu fotolivro, que conta com 20 fotografias e textos do seu processo criativo.
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