Jornalista do IFB discute se assessorias de imprensa pode fazer jornalismo com objetividade
As assessorias de comunicação, como o Núcleo de Comunicação Social (NUCS) do IFB, podem fazer jornalismo? Ou funcionam apenas como propagadores, espécies de órgãos de divulgação, da direção das instituições?
Uma reflexão sobre essas perguntas foi o tema de artigo apresentado pelo servidor do Campus Taguatinga Centro, Wákila Mesquita, no XI Congresso de Ciências da Comunicação da Região Norte (Intercom Norte), realizado entre os dias 17 e 19 de maio na Universidade Federal do Tocantins (UFT), em Palmas, Tocantins.
No artigo, o jornalista do IFB defende que, não apenas os veículos da imprensa tradicional podem fazer jornalismo, ou seja, informar o público buscando a objetividade e a imparcialidade, mas as assessorias de comunicação, por meio de seus veículos (sites, jornais institucionais, revistas ou canais de rádio ou televisão), também podem fazer jornalismo.
Mesquita afirma que, se houver um ambiente democrático nas instituições, transparência da gestão e regras claras com relação ao direito de cada segmento se expressar, os sites e jornais institucionais podem produzir jornalismo de qualidade, informando os membros daquelas comunidades de forma correta e sem dirigismo dos gestores.
Ao comparar essa produção de notícias dos órgãos da instituições com os da grande imprensa ou da imprensa comercial, Mesquita ressalta que a impressa comercial está sujeita a regras de mercado e que, se pode ocorrer censura em um site institucional por motivos políticos ou administrativos, isso também pode ocorrer na imprensa tradicional por razões comerciais e também políticas.
O artigo apresentado foi produzido na disciplina de Estudos Políticos e Econômicos da Comunicação na Faculdade de Comunicação da UNB, onde o servidor do IFB estudou como aluno especial do mestrado em Comunicação. Para participar do Congresso, o Campus Taguatinga Centro autorizou a viagem do jornalista que foi considerada de interesse da Instituição por apresentar resultado de pesquisa realizada por servidor do Campus. Porém sem custos para o Instituto.
Para a coordenadora geral de Ensino do Campus Taguatinga Centro, Ana Paula Santiago Seixas, a participação de servidores técnico administrativos em eventos científicos mostram que o IFB tem incentivado a pesquisa, seja por meio de bolsas, facilitação de horários especiais para servidores que estejam em programas de pós-graduação ou mesmo incentivando os técnico-administrativos a participarem dos grupos de pesquisa do Instituto.
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