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Mulheres do Sudão tornam-se empresárias graças a projetos de capacitação e profissionalização

Criado: Quarta, 06 de Junho de 2012, 12h00 | Publicado: Quarta, 06 de Junho de 2012, 12h00 | Última atualização em Quinta, 05 de Dezembro de 2013, 10h22 | Acessos: 5761

Samia em Palestra no TaguaparkQuem se acostuma a ver o mundo árabe ou muçulmano pela mídia e observa apenas as restrições aos direitos das mulheres, se surpreende com a ação de Samia Shabo no Sudão.  A chefe do Centro Sudanês de Desenvolvimento e Negócios para as Mulheres fez, nesta terça-feira, 5 de junho, no Centro Cultural Taguapark, uma palestra sobre seu trabalho com o público feminino naquele país.

Samia contou parte de sua biografia no encontro. Nascida em 1964, aos 11 anos de idade já improvisava seu primeiro empreendimento, a venda de cópias de textos usadas nas salas de aulas para as colegas. Em um país de maioria muçulmana e que enfrenta grandes problemas com a desigualdade social, ela foi a primeira mulher a ser fotógrafa no Sudão, em 1980.

Em 1987, Samia realizou o que, para as brasileiras é comum, tornou-se a primeira mulher de seu país a ter um centro de estética – salão de beleza. Hoje, mais de 3 mil mulheres tem seus próprios centros de estética no Sudão, esse número é fruto do trabalho realizado por Samia como empreendedora social.

A partir de 1995 Samia criou uma associação de mulheres de negócios que contou com o apoio da União Africana de Mulheres Empreendedoras. Em 2009 nasceu o Centro Sudanês de Desenvolvimento e Negócios para Mulheres, essa é a instituição que a líder de mulheres sudanesas comanda atualmente. Hoje, cerca de 2 mil mulheres são atendidas por essa Organização Não Governamental com cursos de capacitação que vão da simples formação para empreendedoras iniciantes até a capacitação para grandes empresárias.

Criação de uma indústria
O trabalho desse Centro Sudanês resultou na criação de uma indústria da moda no Sudão. De acordo com Samia, até as mulheres se organizarem e produzirem as vestes, esses produtos eram importados. Apesar de usar roupas muito próprias da cultura árabe e muçulmana, nada da moda que era consumida no Sudão era produzido nos países árabes. Inglaterra e Suécia são dois exemplos de países ocidentais que exportavam vestimentas femininas - sudanesas - para o Sudão.Interpretação de poesia coordenada por docente do IFB.

A organização das mulheres criou, no país africano, uma rede de confecções controladas por empresárias. Para criar essa indústria local, Samia explica que foram ofertadas capacitações tanto na área do empreendedorismo quanto no design. “Hoje, para conseguir que uma dessas mulheres desenhe uma peça de roupa, você precisa esperar algumas semanas”, diz a líder sudanesa.

O Centro Sudanês de Desenvolvimento e Negócio para Muheres está sediado em Cartum, capital do Sudão, e há uma grande demanda para que a ONG expanda seus limites de atuação para outras regiões do país.

Apresentações
Antes da apresentação da palestra de Samia, estudantes do Campus Planaltina, apresentaram seis músicas com instrumentos como ralos, frigideiras, panelas e tonéis. Eles compõem o grupo Perco Canto e desenvolvem músicas com a transformação dessas peças em instrumentos.

Como das outras vezes em que o grupo se apresentou no IFB, o público esqueceu a formalidade do evento e ficou de pé e acompanhou o grupo nas músicas.

A professora Fernanda Oliveira e a bailarina Keylla Dennyse apresentaram um poema ao final da apresentação. A docente do IFB recitou a poesia, interpretada pela bailarina.

Evento
Nome:
Palestra sobre Gênero e Mundo do Trabalho.
Onde: Realizada no Centro Cultural Taguapark.
Participantes: comunidade do IFB, secretária da Mulher do Distrito Federal Olgamir Amência Ferreira; primeira-dama do Distrito Federal, Ilza Queiroz, Ministro responsável pelos negócios das Embaixada do Sudão, Abdelazis Taha. O pró-reitor de Ensino do IFB, Nilton Cometti, representou o reitor Wilson Conciani.

 

Veja mais fotos da palestra com Samia:




 

 

 

 

 

 

 

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