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Inglês para Cegos vai formar estudantes e “capacitar” o IFB

Criado: Quarta, 26 de Setembro de 2012, 14h02 | Publicado: Quarta, 26 de Setembro de 2012, 14h02 | Última atualização em Quinta, 05 de Dezembro de 2013, 10h22 | Acessos: 3376

Um sistema de transporte com ônibus superlotados e falta de sinalização nas paradas, calçadas esburacadas, escadas com degraus muito pequenos em que mal cabem os pés. Se os cidadãos sem nenhuma necessidade física específica sofrem com a infraestrutura precária da nossa cidade, imagine moradores que não conseguem ver. Dá para imaginar como é o seu dia para se deslocarem nesses espaços?

Além dos problemas de acessibilidade no solo, há também os toldos de lojas.O Campus Taguatinga Centro implantou, neste semestre, o Curso de Inglês para Cegos, e o Portal IFB acompanhou os estudantes no caminho entre o Instituto e as paradas de ônibus e/ou metrô que esses alunos utilizam. Os problemas enfrentados por eles são muitos, como se observa nas fotos desta matéria.

Curso de Inglês para Cegos
De acordo com a professora Patrícia Silva Santiago, o Curso de Inglês para Cegos, recém-implantado no IFB, tem dois objetivos principais: o primeiro é capacitar esses estudantes para o mundo do trabalho, mas há também um segundo ponto. Trata-se da expectativa de que, com a oferta desse Curso de Formação Inicial e Continuada (FIC), o Instituto Federal de Brasília vá se adaptando para atender esse público.

Patrícia enfatiza que esse FIC pode ser a porta de entrada das Pessoas com Necessidades Específicas (PNE) no IFB. Haverá, calcula a docente, uma capacitação dos servidores, um aprendizado que vai permitir ao Campus conhecer melhor essas pessoas e saber lidar com elas de forma correta. Depois do FIC, esses alunos podem optar por um Curso Técnico ou um Tecnólogo na Instituição, visto que, espera-se, já estarão ambientados aqui.   

O FIC tem carga horária de 100 horas e vai certificar no Nível A1, seguindo as normas do Marco Comum Europeu. Essa certificação equivale à metade do módulo básico. Concluído esse módulo, poderá ser ofertada a continuidade com o próximo nível. Tal decisão vai depender do andamento da experiência atual.

Preparação para as aulas
Se há necessidade de adaptações físicas nos prédios do IFB e também nos arredores, não é diferenteHá necessidade de adaptação em áreas que dão acesso ao IFB de Taguatinga Centro. com a metodologia para o aprendizado. O método usado, segundo a professora Patrícia, é o da Abordagem Comunicativa com o uso prioritário da audição e da fala. Aprender vocabulário com nomes de frutas, por exemplo, implica sentir o aroma e mesmo o gosto das palavras, literalmente. “Quando eu for ensinar os nomes das frutas, vou trazê-las para a sala de aula; a forma que eles têm para aprender é sentindo o gosto e o aroma dessas frutas”, explica a professora.

Espera-se que o Campus Taguatinga Centro aprenda com os estudantes, tanto quanto eles aprenderão ao estudarem aqui. A promoção da diversidade e da acessibilidade ocorre com a entrada desse grupo.

“Eu precisei buscar bastante e aprendi muito com esses alunos. Quando se dão aulas, quando se trabalha com PNE's, não se seguem à risca os planos de aula; a execução do planejado depende muito da turma. Para a professora e para a Instituição é um aprendizado diário. Eu mesma pretendo fazer um curso de braile e outro de audiodescrição; o Instituto vai aprender com essa diversidade”, afirma a professora.

Mais vagas
Foram abertas, em agosto, 20 vagas para o curso, porém apenas 9 vagas foram preenchidas. Deve ser publicado ainda nesta semana um edital das vagas remanescentes. Para ofertar esse FIC, o IFB conta com o apoio da Biblioteca Braile do Distrito Federal.

 

 

 

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