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Números sobre a renda de estudantes do IFB Recanto das Emas aponta necessidade de ampliação da Assistência Estudantil  

Criado: Terça, 22 de Abril de 2025, 05h05 | Publicado: Terça, 22 de Abril de 2025, 05h05 | Última atualização em Terça, 22 de Abril de 2025, 05h05 | Acessos: 42
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Números levantados pela Coordenação Pedagógica (CDPD) do IFB Campus Recanto das Emas, quanto à renda dos estudantes que ingressaram no Ensino Médio Integrado (EMI) em 2025, apontam que a escola precisa ampliar a Assistência Estudantil.

 

Renda familiar per capita

Os dados verificados pela CDPD indicam que quase metade dos estudantes do EMI têm renda familiar per capita de, no máximo, um salário mínimo. Essa renda, em tese, classifica estes estudantes como aptos a receberem algum tipo de auxílio financeiro da instituição.

O levantamento mostra que 46% dos novos matriculados vivem com uma renda mensal familiar per capita de até R$1.518. Ao se observar os dados de forma detalhada, percebe-se que mais de um quarto destes alunos (26,9%) vivem com menos de meio salário mínimo. Com renda entre 0,5 e 1,0 salário mínimo estão 19,2%.

Outros 21,2% têm renda entre 1,0 e 1,5 salário mínimo. Para 15,4% dos estudantes, os rendimentos chegam a 2,5 salários mínimos. Outros 11,5% ficam entre 2,5 e 3,5 salários mínimos.  Apenas 5,8% dos novos alunos têm renda igual ou maior que 3,5 salários mínimos.

 

Como o IFB atende estes alunos?

Consultada se o IFB tem condições de garantir a permanência e o êxito dos estudantes com menor renda, a Analista de Educação e Assistente Social Caroline Anderson Correa Gomes avalia que o IFB Campus Recanto das Emas tem infraestrutura física e de profissionais melhor que a maioria das escolas públicas de onde vieram os novos estudantes. Todavia, ela ressalta que a escola ainda enfrenta problemas que “implicam diretamente a permanência dos estudantes, como transporte e alimentação”.

Caroline afirma que: “no caso da alimentação, nós vivemos uma incerteza estrutural que afeta não só os alunos do IFB Campus Recanto das Emas, mas o IFB como um todo. Atualmente, 85% dos auxílios da Assistência Estudantil são para os alunos do Ensino Médio e nosso público é vulnerável e de baixa renda”.

A Assistente Social continua: “quanto aos recursos orçamentários da Assistência Estudantil, nós vivenciamos em 2025 uma queda nos valores em relação a 2024. Essa situação trará prejuízos, principalmente na oferta de novos auxílios”

“Nós temos que atender as renovações de auxílios financeiros dos alunos antigos e ainda teremos o ingresso de novos estudantes no próximo semestre em cursos técnicos subsequentes, PROEJA e superior”, finaliza a especialista.

 

Mais recursos para Assistência Estudantil

De acordo com o diretor-geral do IFB Campus Recanto das Emas, Germano Teixeira Cruz, a redução no orçamento que garante assistência aos estudantes ocorreu em todo Instituto Federal de Brasília, não só na unidade do Recanto das Emas.

Mas o diretor informa que o Conselho Nacional das Instituições da Rede Federal de Educação Profissional, Científica e Tecnológica (Conif) tem atuado junto ao governo federal na busca da recomposição desse orçamento que sofreu cortes. O Conif é formado pelos reitores e reitoras dos Institutos Federais de todo o Brasil.

 

Apenas mais dinheiro não resolve o problema

Na avaliação do diretor-geral, a questão da Assistência Estudantil vai além dos recursos financeiros. Ele advoga a proposta de que o IFB necessita de mais servidores no quadro técnico e precisa enfrentar o problema da alimentação escolar.

“No último ano [2024] nós atendemos todos os alunos classificados na avaliação socioeconômica, contudo, alguns estudantes nem conseguem chegar até essa etapa. Se conseguissem, teríamos uma outra dificuldade, a quantidade de processos e análises que seriam feitas por apenas uma assistente social”, explica Germano, que enxerga uma sobrecarga de trabalho sobre a equipe.

“Outro ponto sensível é a questão da alimentação escolar, que ainda não faz parte da política de assistência estudantil do IFB. Portanto, a ideia de ampliação da Assistência Estudantil, a meu ver, contempla outros aspectos”, defende o diretor-geral.

O IFB é uma autarquia federal e tanto seu orçamento quanto seu quadro de funcionários são definidos pela Presidência da República e pelo Congresso Nacional. A gestão do IFB, o sindicato dos servidores e as organizações dos estudantes estão constantemente envolvidas em negociações com o governo federal e com parlamentares em busca de soluções para os problemas da instituição. A instituição tem órgãos colegiados em que a participação dos membros da comunidade é incentivada.

 

O que é Assistência Estudantil?

O IFB oferece, prioritariamente aos estudantes que mais necessitam, uma série de programas de assistência com o objetivo de criar condições de permanência e sucesso do aluno na sua jornada escolar. As ações estão organizadas na Política de Assistência Estudantil, que foi instituída pelo Conselho Superior do IFB.

O principal Programa da Assistência Estudantil da instituição é o Programa Auxílio Permanência que concede auxílio financeiro aos estudantes dos cursos técnicos e de graduação, com renda per capita de até um salário mínimo. O objetivo dos auxílios é prevenir reprovação ou evasão decorrentes de dificuldades financeiras.

Jornalista: Wákila Mesquita

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