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Encontro Pedagógico: 57 milhões precisam do Proeja ou EJA e são desafio para IFs

Criado: Terça, 05 de Fevereiro de 2013, 15h09 | Publicado: Terça, 05 de Fevereiro de 2013, 15h09 | Última atualização em Quinta, 05 de Dezembro de 2013, 10h22 | Acessos: 3454

Uma multidão de 57 milhões de brasileiros e brasileiras, jovens e adultos,  não concluíram o Ensino Médio e precisam ser incluídos na educação formal. Além desses que necessitam cursar o antigo segundo grau, há outros 14 milhões que não são sequer alfabetizados e outros tantos que são alfabetizados, porém não concluíram o Ensino Fundamental. Esses dados foram apresentados aos servidores do Campus Taguatinga Centro nessa segunda-feira, 4 de fevereiro, durante discussões sobre a implementação de programas para solucionar tal problema.

Julieta Lemes Borges fala sobre o Proeja no Campus Taguatinga Centro.Os analfabetos estão fora da responsabilidade direta dos Institutos Federais de Educação Ciência e Tecnologia (IFs), porém os jovens e adultos que não concluíram o Ensino Fundamental ou o Médio devem ser colocados nas salas de aula dos IFs por meio da Educação Profissional de Jovens e Adultos (Proeja). O desafio de trazer essas pessoas para a Instituição e evitar que se evadam foi discutido com a professora, mestre em Educação e Técnica em Assuntos Educacionais do Ministério da Educação (MEC), Julieta Lemes Borges, em uma atividade do 1º Encontro Pedagógico do IFB de Taguatinga Centro.

Julieta explicou que o Proeja pode ser ofertado tanto de forma a integrar o Ensino Médio com o curso técnico, como pode também ser ofertado como Curso de Formação Inicial e Continuada (FIC). Não é apenas o médio que pode ser integrado, o Ensino Fundamental também. Isso pode ser feito com o Instituto Federal ofertando todas as disciplinas regulares mais as técnicas, como pode também oferecer o Proeja em concomitância. Sendo concomitante, o IFB seria parceiro de escolas e colégios do governo do Distrito Federal.

Ministério Público pode fiscalizar
Julieta informou que, legalmente, no mínimo 10% de todas as vagas oferecidas por um Instituto Federal devem ser na modalidade Proeja e que, caso a legislação não seja cumprida, há a possibilidade de o Ministério Público agir na fiscalização dos IFs e levá-los à responsabilização legal.

No IFB, por ser ainda uma instituição nova, apenas um dos campi está ofertando Proeja: o Campus São Sebastião. Porém, todos os demais terão de se adaptar à norma interna que determina a reserva de 15% das vagas para o Proeja. A legislação federal, explica Julieta, obriga 10% para a educação profissional de jovens e adultos, porém o IFB trabalha com 15%.

Proeja em EAD, mas sem computadores
A técnica do MEC esclareceu que a legislação permite 20% da carga horária dos cursos de proeja, na modalidade de educação não presencial. Ela ressaltou, porém, que esse público de estudantes pode, por razões financeiras ou de conhecimento técnico, ter dificuldades em realizar as atividades não presenciais por meio de computadores. Julieta lembrou que educação a distância pode ser realizada com textos e livros, trabalhos, leituras e outras atividades supervisionadas, realizadas fora da escola, que podem ser adaptadas à realidade dos alunos atendidos.

Encontro Pedagógico
O 1º Encontro Pedagógico 2013 do Campus Taguatinga Centro teve início na sexta-feira, 1º, e encerra-se nesta terça-feira, 5. De acordo com o diretor de Ensino desta unidade do IFB, Carlos Augusto Balla, este é o momento em que os docentes devem planejar suas aulas e discutir a atuação para este ano; por isso as palestras e diálogos sobre a Instituição e seus parceiros. O evento é exclusivo para servidores.

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