Pesquisa do IFB aponta forte presença nacional, mas grande disparidade de gênero no debate sobre políticas de comunicação
Quem são e qual o perfil dos autores mais importantes para as pesquisas em políticas de comunicação no Brasil? Essa foi a pergunta que guiou o artigo “Referências bibliográficas nas teses e dissertações sobre políticas de comunicação na FAC-UnB (1986-2015)”, de autoria do analista de educação e jornalista do IFB Campus Recanto das Emas, Wákila Mesquita.
O estudo mergulhou em 61 teses e dissertações defendidas no Programa de Pós-Graduação em Comunicação da Universidade de Brasília (UnB) e identificou 5.840 obras bibliográficas utilizadas por aqueles pesquisadores ao longo de três décadas.
Forte presença nacional
Os resultados mostram que a maior parte das referências vêm de autores brasileiros (70%). Dentre os 30% de autores estrangeiros, 24% são europeus e 4% norte-americanos.
O estudo mostrou – ainda – que apenas 2% dos autores estrangeiros mais citados nas pesquisas em políticas de comunicação são latino-americanos. Na avaliação do analista de educação do IFB, esse dado preocupa porque indica a pouca integração regional.
Disparidade de gênero
A pesquisa também revelou uma forte desigualdade de gênero: enquanto 62% das teses/dissertações foram escritas por mulheres, 78% das citações mais frequentes pertencem a homens.
Contexto da pesquisa
O artigo foi apresentado e discutido em 4 de setembro no 48º Congresso Brasileiro de Ciências da Comunicação (Intercom), realizado em Vitória (ES), no Centro Universitário Faesa. O trabalho completo foi publicado nos anais do evento e pode ser acessado aqui.
Considerado o maior evento científico da área da comunicação na América Latina, o congresso é organizado – anualmente – pela Sociedade Brasileira de Estudos Interdisciplinares da Comunicação (Intercom) e reúne cerca de três mil participantes a cada edição.
Incentivo à pesquisa no IFB
O analista de educação do IFB, Wákila Mesquita, participou do evento autorizado pelo IFB Campus Recanto das Emas. O Instituto Federal de Brasília tem programas e projetos que promovem a realização da pesquisa científica por professores, servidores técnico-administrativos e estudantes.
O IFB reserva parte da carga horária de trabalho dos servidores para a participação em projetos de pesquisa ou extensão. A medida visa cumprir os objetivos da instituição quanto ao desenvolvimento científico.
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