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Cegos como cidadãos e consumidores: palestra para estudantes do Curso Técnico em Comércio

Criado: Quarta, 25 de Setembro de 2013, 17h00 | Publicado: Quarta, 25 de Setembro de 2013, 17h00 | Última atualização em Quinta, 05 de Dezembro de 2013, 10h22 | Acessos: 2168

 


A palestra, realizada para os estudantes do Curso Técnico em Comércio, na última segunda-feira, 23 de setembro, trouxe dicas de como atender pessoas com Necessidades Específicas (PNE's). A atividade foi mais uma das ações da Semana da Acessibilidade promovida pelo Núcleo de Atendimento às Pessoas com Necessidades Específicas (PNE's) do Campus Taguatinga Centro do Instituto Federal de Brasília.

 

A palestrante Helena Rita Pereira é aluna do IFB no curso de Inglês para Cegos e é psicóloga. Ela conta que perdeu a visão aos 15 anos de idade e essa situação física impôs uma série de limitações, mas não impediu que a vida continuasse e que ela fosse se adaptando à nova realidade.

 

Lendo os dados de sua palestra em um papel escrito em Braille, Helena falou aos estudantes do Curso Técnico em Comércio sobre os PNE's como cidadãos, mas especificamente como consumidores. “Ao atender um cliente cego, fale do que você tem para vender, descreva as coisas, fale as cores, os modelos; quando a pessoa experimentar a roupa, ajude-a a avaliar se ficou bem, se não ficou”, explicou.

 

“Se você receber um surdo na sua loja, mas não sabe Libras (Língua Brasileira de Sinais), gesticule, escreva, faça um esforço e estabeleça a comunicação”, aponta Helena. Outro ponto observado por ela  foi a questão do contato que se faz com os cegos. “Às vezes acontece de se aproximarem de mim e em vez de falarem comigo, falam com meu acompanhante. Eu estou ali, sou capaz de me comunicar; portanto, fale comigo”, pediu.

 

Perguntas


Após a palestra, o microfone foi aberto para que os estudantes ou servidores do IFB ou do Centrão, escola do GDF, fizessem perguntas. A primeira questão levantada foi prática. “Como devo fazer ao guiar um cego? Qual o modo correto?”, perguntou um professor do IFB, que subiu ao palco e recebeu uma aula prática sobre o assunto.

 

A questão mais enfatizada pela palestrante foi que o guia não deve tocá-lo, que não tente segurar o cego pela mão ou pelo braço e que apenas deve deixar que o guiado pegue no braço do guia e, nos momentos em que houver mudanças no piso, como degraus, por exemplo, isso seja informado à pessoa que está sendo guiada.

 


Na segunda pergunta, quiseram saber a questão do cuidado com crianças, de como uma pessoa cega vivencia a maternidade. Helena, que tem um filho de 16 anos e uma menina de 3, relatou sua experiência. De acordo com ela, houve mais dificuldades no caso do primeiro filho; porém, na segunda vez, foi mais fácil dar banho, trocar fraldas, manter as unhas curtas, detalhes que, segundo Helena, vieram quase que como um instinto.

 

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