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Projeto do Campus Taguatinga Centro é reconhecido e certificado como Tecnologia Social

Criado: Terça, 08 de Setembro de 2015, 09h01 | Publicado: Terça, 08 de Setembro de 2015, 09h01 | Última atualização em Terça, 08 de Setembro de 2015, 11h07 | Acessos: 2369

O projeto "Tertúlia Literária Dialógica: produção de livros artesanais e autorais" – desenvolvido pelo Programa Nacional Mulheres Mil no Campus Taguatinga Centro do Instituto Federal de Brasília (IFB) – foi reconhecido e certificado como uma tecnologia social na 8.ª edição do prêmio Fundação Banco do Brasil de Tecnologia Social.

O trabalho é desenvolvido pela Técnica em Assuntos Educacionais Ana Paula Seixas e pela professora Jane Christina Pereira e tem o objetivo de promover o empoderamento e autonomia das mulheres em vulnerabilidade social, por meio da democratização da literatura, que visa à apropriação da leitura, da escrita criativa e da produção de livros artesanais como instrumentos para a cidadania.

O projeto foi implementado na Estrutural, onde encontros presenciais reúnem mulheres em situação de vulnerabilidade social. As sessões dividem-se, basicamente, em cinco etapas.

Na primeira, denominada “Mapa da Vida”, cada mulher divide uma cartolina em três partes – passado, presente e futuro – e, por meio de escrita ou imagens recortadas de revistas, resume o que foi mais importante no passado, o que está sendo no presente e o que espera para o futuro.

A segunda etapa, “Tertúlia Literária Dialógica”, acontece semanalmente em encontros de duas ou três horas de duração. As participantes, sempre dispostas em círculo, fazem a interpretação dos textos literários lidos, inter-relacionando-os com a sua vida.

A terceira é a “Escrita Criativa”, que acontece concomitantemente à fase de leitura dos textos e estimula as participantes a escreverem textos literários (poesia ou diário) com temas da sua vida. A quarta etapa – “Produção de Livros Autorais/Artesanais” – consiste na produção, pelas próprias autoras, do livro, resultado dos textos escritos na etapa anterior. Com material reciclável, as mulheres produzem desde a arte até a amarração com linha de sisal das páginas e capas.

A última etapa é o “Envolvimento da Comunidade”, por meio do lançamento do livro em um local público. Os familiares e os principais atores sociais são convidados a celebrar essa etapa e prestigiar o sucesso das novas escritoras. É a materialização da efetividade da tecnologia social.

Tecnologia Social

Segundo o edital do prêmio, Tecnologia Social compreende produtos, técnicas ou metodologias reaplicáveis, desenvolvidas na interação com a comunidade e que representem efetivas soluções de transformação social. A Tecnologia Social alia saber popular, organização social e conhecimento técnico-científico, tendo presentes princípios de autogestão, protagonismo social, respeito cultural, cuidado ambiental e solidariedade econômica.

O projeto do Campus Taguatinga Centro foi certificado na categoria “Universidades e Instituições de Ensino e Pesquisa”, que visa à identificação de tecnologias sociais desenvolvidas por universidades e instituições de ensino e pesquisa, que propiciem a melhoria da qualidade de vida das pessoas.

Certificação

Neste ano, do total de 866 inscrições, 154 Tecnologias Sociais foram certificadas. No Distrito Federal, além do projeto do IFB, apenas outras três propostas foram reconhecidas como Tecnologia Social.

A certificação foi feita pela Comissão de Certificação, composta por equipe técnica da Fundação Banco do Brasil, conforme critérios estabelecidos no regulamento. No processo de certificação, as tecnologias sociais receberam a visita de representante do Banco do Brasil para verificação das informações prestadas pelas instituições.

As certificadas passam a integrar o Banco de Tecnologias Sociais (BTS) da Fundação BB, que soma agora um total de 850 iniciativas. O BTS é uma base de dados online que reúne metodologias reconhecidas por promoverem a resolução de problemas comuns às diversas comunidades brasileiras.

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