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Ações do IFB abrem portas para a educação inclusiva

Criado: Quarta, 11 de Novembro de 2015, 21h43 | Publicado: Quarta, 11 de Novembro de 2015, 21h43 | Última atualização em Quarta, 11 de Novembro de 2015, 21h44 | Acessos: 2550

O Instituto Federal de Brasília (IFB) tem apresentado número crescente de pessoas com deficiência, especialmente auditiva. Por isso, entrevistamos alunos surdos e profissionais que vivenciam diariamente o processo de inclusão. Descobrimos avanços e desafios face à acessibilidade que precisam ser superados pelo IFB.

Renata Rezende é servidora, professora de Libras nos cursos técnicos e de licenciatura. Ela conta que, atualmente, a maioria dos deficientes já têm acesso ao Ensino Técnico e Superior, o que tem influenciado na questão da acessibilidade. Para ela, hoje, a oferta e a acessibilidade estão melhores.

“Quando eu era criança, eu não tinha intérprete na escola, não havia acessibilidade. Perdi muita coisa do meu aprendizado com isso. A primeira vez que tive intérprete foi na faculdade. A minha segunda formação já foi com outros surdos, o que me possibilitou a aprender de verdade e ter realmente todo o desenvolvimento”, conta Renata.

A professora disse ainda estar muito satisfeita com o trabalho desenvolvido no IFB, mas apontou questões que precisam ser melhoradas. “Muitos surdos fazem a inscrição para cursos do IFB, mas temos poucos intérpretes. Tenho confiança e acredito que essa acessibilidade vai ser possível”, revela.

Ana Roberta Crisóstomo de Morais, coordenadora substituta de Ações Inclusivas da Pró-Reitoria de Extensão do IFB, valoriza a casa como instituição inclusiva, cada vez mais procurada pelas pessoas com deficiência. Segundo ela, os desafios têm surgido e estamos aprendendo com eles. Os códigos de vagas para contratação de intérpretes efetivos foi uma conquista, mas ainda há defasagem se consideramos o quantitativo de alunos e de servidores que demandam a atuação dos intérpretes. Na tentativa de vencer esse desafio, Ana Roberta explicou que há uma ação encaminhada ao MEC para a contratação desses profissionais na condição de temporários.

Todos temos o direito à Educação!

“Não importa o que aconteça, o que importa é que o seu sonho pode se tornar realidade, independentemente do que você passa ou é, da cor que você tem. Com necessidades especiais ou não, todos nós temos o direito à educação”, é o que pensa a aluna de Licenciatura em Dança Agnes Naomi Kihara Maeda.

“Escolhi o curso de Licenciatura em Dança porque o meu sonho é ser a primeira professora surda de dança. O curso é muito bom e a minha expectativa é que melhore. Ainda faltam dançarinos profissionais com necessidades. A sociedade precisa saber que nós também podemos dançar. Não podemos ouvir, mas podemos sentir a vibração da música. Não só os surdos, mas os cegos ou pessoas com qualquer outra necessidade especial podem dançar”, concluiu a futura professora de dança.

Dheivid Roger Silva Santos, aluno surdo que se formou no curso Técnico em Agronegócio, no Campus Gama, aprova o curso e a integração que foi feita por meio dos intérpretes. “As minhas intérpretes chegaram após pedido feito à coordenação do curso e à direção do campus. Fui atendido por duas intérpretes ao longo do meu curso, o que foi suficiente”, conta o aluno.

Além disso, Dheivid lamenta que outros alunos com necessidades específicas abandonem os cursos. “Eu indico a outros surdos o IFB! Acho que o instituto tem bons cursos para o mercado de trabalho. Fico triste quando percebo que muitos alunos surdos começam os cursos e desistem. O importante é não desistir, é se esforçar”, acredita. Provando isso, Dheivid já está cursando outro curso no mesmo campus.

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