Semana Acadêmica de Dança Educação promove intercâmbio entre instituições do Brasil e Dinamarca
Esta semana o Departamento de Dança do Instituto Federal de Brasília (IFB) participou do projeto de Dança Educação Brasil-Dinamarca. O encontro, realizado em parceria com o Instituto de Artes (UnB) e a Escola Nacional Dinamarquesa de Artes Performáticas (DNSPA), promoveu diversas atividades voltadas à dança com alunos, professores e comunidade. Além dos 250 alunos dos cursos de dança do IFB, participaram do encontro músicos da UnB e oito estudantes da escola dinamarquesa.
Para a professora de dança do IFB e idealizadora do projeto, Déborah Dodd, o encontro entre essas instituições contribui para a formação acadêmica e pedagógica dos alunos, além do desenvolvimento artístico. “Temos a fonte pedagógica, musical e artística que abre possibilidades e oferece um aprofundamento para os alunos que estão estudando novas metodologias e a prática da dança”, avalia.
A ideia é desenvolver o projeto pelos próximos cinco anos, com diversas ações de colaboração entre os dois países, além de outras parcerias com a UnB. “O encontro com a UnB foi muito valioso. Oferecemos a parceria e eles gostaram da ideia. Esperamos crescer essa parceria não apenas com o Departamento de Música, mas também com o de Artes Cênicas para que a gente consiga valorizar o ensino dos alunos e ter mais intercâmbio de riqueza de conhecimentos”, afirma.
A professora de dança do IFB Lina Frazão destaca a importância do apoio e colaboração do instituto e dos músicos da UnB para a realização do projeto. “O apoio do instituto foi essencial para conseguirmos promover este encontro. A riqueza da aula com música ao vivo não tem comparação. Hoje, estruturei uma aula em que eu dava a sequência e o tempo musical, assim como os músicos davam a estrutura para a dança se adaptar”, lembra.
Para o estudante de dança do IFB Lucas Fonseca o processo de colaboração entre as instituições beneficia a todos os envolvidos. “Qualquer ação que vise o coletivo, que seja um exemplo de unidade já é muito válida. O processo por si só foi bom em todos os aspectos. Foi válido pela convivência, pela troca de informações e de musicalidade. Nós [os brasileiros] somos um povo miscigenado. Dentro da nossa etnia temos muita diversidade. Com a ritmização, a musicalidade, o folclore, a vertentes de danças urbanas que vêm de fora e se apresenta aqui de outras formas, a gente contribui de muitas maneiras, assim como eles [os alunos dinamarqueses] com a gente. A ideia é o intercambio, a troca”, destaca.
O músico formado na UnB Renan Ventura avalia a parceria com o IFB. “É boa tanto da música com os dança, quanto para Brasil com a Dinamarca. O que acontece aqui é uma interação real com as pessoas. Sempre tive interesse em dança e essa pode ser mais uma área de atuação porque tem ligação com a minha formação, mas tem muitos elementos novos do que eu já fazia que é produção musical”.
Laboratórios Twin
Os laboratórios Twin formaram o núcleo da semana acadêmica de Dança Educação Brasil-Dinamarca. Foram escolhidos cerca de 30 alunos - divididos em quatro grupos -, liderados pelos estudantes dinamarqueses e a participação dos músicos da UnB para desenvolver um processo criativo de dança e música.
“A ideia é trabalhar a distância e presencialmente, com foco nos processos da dança-educação. O objetivo foi achar formas de colaboração a distância que desonerasse, mas que beneficiasse muito mais os alunos”, explica a professora Déborah. “Achamos interessante trazer esta ideia para o Brasil para firmar e a continuar produzindo pesquisas de dança e de extensão entre os dois países. Mas estes processos só têm força se tiver o encontro presencial”, completa.
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