"Se não o maior educador, um dos maiores educadores que o mundo já produziu" - Com esta frase, o Presidente da Comissão de Anistia do Ministério da Justiça, Paulo Abrão, deu início à sessão de julgamento da anistia do educador Paulo Freire.Como parte da programação do Fórum Mundial de Educação Profissional e Tecnológica, que acontece no Centro de Convenções Ulysses Guimarães, em Brasília, a sessão teve início às 9 horas, com a presença da viúva do anistiando, Ana Maria Araújo Freire, requerente do processo.Paulo Freire foi um dos vários brasileiros punidos pelo regime militar, período em que foi demitido, preso e exilado. Ao todo foram dezesseis anos de perseguição, declarou a viúva.O relator do processo, Edson Cláudio Pistori, proferiu voto favorável à anistia por meio de um relatório que conta a trajetória de Paulo Freire e, em seguida, foi concedida a palavra à requerente, que emocionou a todos com seu discurso. "Hoje, Paulo, você pode descansar em paz; sua cidadania plena foi concedida sem vazios e sem lacuna; foi declarada como você queria e como você merece", ressaltou.A decisão pela anistia foi unânime e o Presidente da Comissão de Anistia, dirigindo-se à Ana Maria Araújo Freire, declarou o perdão à Paulo Freire, estendendo-o a todos os brasileiros. Nara Rodrigues26/11/2009
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