Lugar de mulher é na cozinha, na oficina, na marcenaria, no campo ou onde elas quiserem!
Embora o termo empoderamento das mulheres seja uma temática de discussão recente, esse já é um processo que vem se desenvolvendo há muito tempo. Os movimentos de liberação das mulheres nos idos de 1960 já eram na verdade o embrião dessa tendência.
Esta movimentação ativa feminina tem sido cada vez mais ampla nos ambientes acadêmicos. A procura das mulheres pelos cursos do Instituto Federal de Brasília tem sido intensa e diversificada. Muitas delas retornam ao trabalho após um longo período de afastamento dos estudos – em alguns casos, as responsabilidades familiares adiaram por um tempo os sonhos profissionais.
Mas o fator que mais chama a atenção são as novas escolhas, por cursos que antes eram predominantemente masculinos. Um exemplo é o curso Técnico em Equipamentos Biomédicos, do Campus Ceilândia, com perfil antes majoritariamente masculina, hoje conta com alunas bastante empolgadas pela atividade.
“É o primeiro curso dessa natureza no Centro-Oeste e o mercado de trabalho é muito bom. São pouquíssimos profissionais formados e, os colegas do curso já saem todos empregados. Na turma a maioria dos colegas é do sexo masculino, as matérias são bem interessantes e, já temos aulas práticas desde o início do curso”, conta Izabel Cristine Ferreira de Abreu, aluna do curso.
Já no Campus Estrutural, a procura tem sido cada vez maior pelo curso Técnico de Manutenção Automotiva e pela graduação de Licenciatura em Matemática pelo público feminino. “Estou fazendo porque gosto de entender sobre carros. Meu pai sempre trabalhou com autopeças e oficinas, então despertei o interesse para saber como funcionavam os automóveis. Mas nunca pude trabalhar e mexer com carros e, hoje fazendo o curso meu pai já cede e me dá a oportunidade de vivenciar este universo. Hoje ele já fala que, como só teve filhas mulheres, eu poderei herdar seu patrimônio”, explica Wilca Freire Cunha, aluna de Manutenção Automotiva.
A cozinha profissional sempre foi um ambiente predominantemente masculino e às mulheres deixavam-se a responsabilidade da alimentação no ambiente doméstico e familiar mas nas últimas décadas as mulheres ocuparam seus espaços no comando de grandes restaurantes e as brasileiras destacam-se nacional e internacionalmente.
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