Projeto usa tecnologias assistivas para dar autonomia a pessoas com limitação física
Igor Diolindo tem 14 anos. Está no último ano do Ensino Fundamental. Mora com os pais e o irmão caçula em Planaltina. É torcedor do Corinthians com orgulho. Há mais de dez anos foi diagnosticado com tetraplegia espásmica, devido a uma doença que afetou a medula, deixando braços, tronco e pernas paralisados. No entanto, com o auxílio de tecnologias assistivas, Igor tem autonomia para diversas atividades, como acessar computadores e navegar na Internet.
Nessa segunda-feira (10), ele e mais quatro pessoas com limitações similares participaram do lançamento do projeto Rompendo Barreiras, iniciativa que será desenvolvida pelo Instituto Federal de Brasília (IFB) em parceria com o Instituto HandsFree e o Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia. “Juntos somos mais fortes. Desistir, nunca”, afirmou Igor.
Já na próxima semana, a partir do acordo de cooperação firmado, os estudantes terão oficina de Robótica no Instituto Federal de Brasília – IFB/Campus Estrutural com professores do Campus Ceilândia, especialistas da área.
“Muito além da oficina, queremos oportunizar que estas mentes brilhantes presas a corpos inertes produzam ‘riqueza’ para o País”, disse a professora Ana Beatriz Goldstein, uma das idealizadoras do projeto. Ela reforçou a importância do uso da tecnologia para superação de limitações físicas, citando frase da especialista na área Mary Pat Radabaugh: “Para as pessoas sem deficiência, a tecnologia torna as coisas mais fáceis. Para as pessoas com deficiência, a tecnologia torna as coisas possíveis”.
Autonomia — O presidente do Instituto HandsFree, Sérgio Maiomone, fez uma apresentação de como funciona o mouse adaptado, permitindo que o usuário, com movimentos naturais da cabeça, dirija o ponteiro do mouse.
O reitor do IFB, Wilson Conciani, lembrou as finalidades e características dos Institutos Federais, criados em 2008 para, entre outras ações, desenvolver a educação profissional e tecnológica como processo educativo e investigativo de geração e adaptação de soluções técnicas e tecnológicas às demandas sociais.
“Esta casa [IFB] é a casa da tecnologia, mas também é a casa que acolhe todos e que desenvolve as tecnologias para que a sociedade possa evoluir. Temos o maior orgulho em servir e incluir, de fato, toda a sociedade brasileira”, destacou Conciani.
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