Câmara Legislativa exalta educação ofertada pelo IFB e defende mais recursos

A Câmara Legislativa do Distrito Federal promoveu, nesta segunda-feira (17), sessão solene em homenagem aos 10 anos do Instituto Federal de Brasília (IFB). Os pronunciamentos tiveram dois pontos em comum: exaltação à qualidade da educação profissional e tecnológica ofertada pelo IFB e a necessidade de mais investimentos na área.

O deputado Leandro Grass (Rede) afirmou que a criação dos Institutos Federais foi a melhor política pública de educação da última década no Brasil. “Os Institutos Federais,conectados à realidade dos territórios e formando cidadãos, revolucionaram a formação profissional. Somente através da educação transformaremos nosso País, como já demonstraram Coreia do Sul, Cingapura e Finlândia, potências mundiais”, destacou o distrital, proponente da sessão. Grass, que é professor, posicionou-se contra o contingenciamento orçamentário, defendendo mais recursos para a educação pública.

O reitor do IFB, Wilson Conciani, disse que os institutos federais são uma “escola transformadora de vidas”, formadora de pessoas “com capacidade técnica para resolver problemas da sociedade”. Após construir 10 campi, contratar 1.300 servidores e atender 120 mil estudantes ao longo de uma década de existência, o desafio da instituição, segundo o reitor, passa a ser a consolidação da legislação que a criou (Lei 11.892/2008). “Este projeto, que é capaz de mudar as realidades locais e regionais, incluir milhares de pessoas e garantir desenvolvimento para todos, deve ser nossa prioridade”, afirmou Conciani, à frente da instituição desde maio de 2011.

Experiência — A estudante do Curso Técnico em Edificações do Campus Samambaia, Natália Mesquita, contou ter escolhido a área por influência do pai, que é pedreiro. Estagiária no setor de construção, disse ser grata ao IFB: "Não fosse isso, eu não teria tido acesso à formação. Agora eu posso atuar na área com que sempre sonhei". Ela pediu "mais vagas e mais investimentos" para que outras pessoas também possam ter acesso a "conhecimento, emprego e dignidade".

Sônia Marques, egressa do Curso Técnico em Eventos, hoje microempresária, também credita a realização de seu sonho à formação recebida no instituto. "O curso técnico do IFB é gratuito e conta com professores extremamente qualificados e comprometidos", resumiu.

Investimentos — Representando a Federação Nacional de Estudantes em Ensino Técnico (Fenet), Pedro Alves destacou o papel inclusivo do IFB nas comunidades onde está presente. “Quem é estudante sabe quanto essa educação impacta na nossa vida; muitas vezes jovens que não tinham perspectiva, ao estudar no IFB, transformam suas histórias”, disse, criticando o bloqueio orçamentário. “Dinheiro para educação não é gasto, é investimento. Não aceitamos qualquer corte; queremos mais recursos", defendeu Alves, que também é estudante do IFB.

* Com informações da CLDF

* Fotos: Mandato deputado Leandro Grass